O Pátria Investimentos, comunicou na última semana aos seus cotistas dos fundos investidos na tese de shopping centers sobre a venda da holding Portfólio Centro-Sul e de seus 4 shopping centers, localizados em Taubaté(SP), Lages (SC), Varginha (MG) e Bragança Paulista (SP), finalizando o processo de vendas iniciado em 2021 e amplamente comunicado e alinhado com os cotistas desses fundos.
Nesse sentido, a transação da Pátria foi realizada na modalidade “porteira fechada”, com a transferência de todos os ativos, passivos e obrigações da holding e de seus respectivos shoppings, concluindo o desinvestimento da totalidade dos ativos da tese de investimento em shopping centers pelos fundos envolvidos, iniciada em 2011.
Sendo assim, o comprador dos ativos tem expertise em reestruturaçãoo de negócios e empresas do setor imobiliário. No âmbito da referida transação, os fundos de investimento envolvidos na operação tiveram suas cotas impactadas negativamente em decorrência dos custos envolvidos na transação.
Desse modo, a companhia destacou que o fundo cujas cotas foram mais impactadas e cuja base de cotistas é formada por investidores profissionais, tinha como objetivo a realização do investimento para recuperação de uma companhia que foi impactada financeiramente com a pandemia. Importante tambeém esclarecer que os investidores impactados está o sendo devidamente informados sobre os detalhes da transação.
O Pátria é uma gestora com US$ 27,2 bi sob gestão que atrai os grandes investidores institucionais internacionais e locais porque ao longo de sua história de 30 anos foi capaz de investir e desinvestir recursos, retornando capital para seus investidores com taxas de retorno atrativas quando considerados os riscos inerentes a investimentos em ativos alternativos.
Entenda o que aconteceu com fundo que “evaporou”
O relatório do JP Morgan revela que o Pátria está avaliando os investimentos de seus fundos a múltiplos consideravelmente superiores aos de empresas comparáveis listadas.
O exemplo que mais chamou atenção no mercado, de acordo com o relatório, é o da Athena Saúde, que está marcada no fundo V do Pátria a um valuation de US$ 1,8 bilhão para um EBITDA de US$ 12 milhões no ano passado.
Sendo assim, isso equivale a um múltiplo de 159x EV/EBITDA e a um price to book de 5,5x. Para comparar, a Hapvida negocia a 16x EBITDA e a um price to book de 0,6x.
Nesse sentido, o JP destaca que esse valor se assemelha ao da tentativa de IPO que a Athena fez em 2021, quando a operadora de saúde verticalizada tentou sair a um valuation de R$ 8,9 bi. De lá para cá, no entanto, as ações das empresas de saúde listadas caíram entre 20% e 80%.
“Ainda que a gente note que algumas empresas ainda possam estar em estágios de atingir os ganhos operacionais e de escala após o investimento de private equity, os prêmios de valuation significativos e generalizados atribuídos a todas as empresas chamaram nossa atenção,” escreveu o analista Domingos Falavina, um dos mais respeitados na cobertura do setor financeiro.