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Pedidos de recuperação judicial aumentam quase 70% em 2023

Os pedidos de recuperação judicial no Brasil em 2023 aumentaram de forma significativa em comparação a 2022

Os pedidos de recuperação judicial no Brasil em 2023 aumentaram de forma significativa em comparação a 2022. Em todo o ano passado ocorreram 1.405 solicitações, alta de 68,7% em relação aos 12 meses anteriores, segundo informações do Serasa Experian.

Esse foi o maior patamar registrado desde 2020 e o quarto maior índice da série histórica de medições, iniciada em 2005. Em 2017, por exemplo, o número havia ficado em 1.420 e, em 2018, em 1.408.

“O ano passado foi marcado por um recorde de inadimplência das empresas, influenciando significativamente o panorama da recuperação judicial”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. “Embora os sinais de melhoria tenham começado a surgir, como a queda da inflação e das taxas de juros, a reação no cenário de recuperação judicial mostra-se mais lenta.”

Apesar dos números negativos, houve também o que comemorar. Os pedidos de recuperação judicial caíram pela primeira vez em seis meses no Brasil. Em dezembro de 2023, foram registradas 102 solicitações de processos desse tipo, numa queda de 41,7% sobre novembro, com 175 requerimentos. Na comparação com dezembro de 2022, houve elevação de 32,5%.

Em 2023, o setor de “serviços” foi o responsável pela maior parte dos requerimentos de recuperação judicial, com 651 pedidos. O “comércio” apareceu em segundo lugar, com 379 solicitações.

Em relação ao porte das companhias, as “micro e pequenas empresas” (MPEs) foram as que mais entraram com pedidos de recuperação judicial, com 939. Em seguida, vieram os “negócios médios” (331) e os “grandes” (135).

Falências

Os pedidos de falência também tiveram alta em 2023. Eles somaram 983, ante 866 em 2022, um aumento de 13,5%. Foram as “micro e pequenas empresas” que puxaram a fila das falências, com 546 solicitações, seguidas pelas “médias” (231) e grandes companhias (206).

O setor que liderou o ranking das falências foi o de “serviços” (373), seguido pela “indústria” (311), “comércio” (292) e “primário” (7), que abrange o agronegócio.

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