As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram sua recomendação de compra cortada pelo Credit Suisse, indo de “outperform” (desempenho acima da média do mercado) para “neutro”. De acordo com os analistas do banco, as eleições presidenciais, que serão realizadas em 30 de outubro, trazem volatilidade ao mercado.
Ainda de acordo com Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, analistas do Credit Suisse, os dividendos, o Capex e a política de preços da Petrobras podem ser influenciados pelas eleições de 2022.
“Talvez as eleições possam até ser o catalisador que as ações estavam esperando. No entanto, de uma perspectiva de risco-retorno, preferimos ficar à margem e não temos medo de perder um possível rali”, escreveu o Credit Suisse.
Por volta das 14:00 (de Brasília), as ações da Petrobras subiam. O papel PETR3 valorizou 0,59%, cotado a R$ 37,37, enquanto a ação PETR4 subiu 1,05%, cotada a R$ 33,77.
Petrobras (PETR4) tem demorado em repassar aumentos, diz diretor
O diretor de exploração e produção da Petrobras (PETR3;PETR4), Fernando Borges, afirmou, na última sexta-feira (14), que a estatal tem demorado em repassar o aumento internacional do barril de petróleo aos preços finais dos combustíveis no País.
“Estamos beneficiando a sociedade brasileira ao repassar mais amiúde redução e demorar um pouco para repassar a subida de preços. Quanto se escutou: ‘cadê a contribuição da Petrobras?’. Na medida do possível, essa contribuição tem sido feita, dentro da ‘banda’ [de preços] com que trabalhamos”, relatou em live da agência especializada “Epbr”.
Borges ainda afirmou que a petroleira está seguindo e respeitando os preços do mercado, visto que o Brasil depois das importações.
“Temos a responsabilidade de conduzir a companhia respeitando o parâmetro de preços de mercado, para não causar perturbações, uma vez que o país depende de importações, e também para não ter prejuízos, considerando que somos uma companhia de capital aberto. Na nossa visão, considerando a banda de variações [de preços] com que trabalhamos, estamos seguindo preços de mercado”, afirmou.
Com a queda do barril de petróleo Brent no mercado internacional, a Petrobras promoveu cortes nos preços de combustíveis entre julho e setembro, período que coincidiu com a campanha eleitoral.