A Petrobras (PETR3;PETR4) não deve dar as diretrizes de preços dos combustíveis, mas sim o governo federal, afirmou nesta terça-feira (22) o senador potiguar Jean-Paul Prates (PT), cotado para presidir a estatal.
“Não é a Petrobras quem faz, no nosso entender e no entender do próprio presidente Lula, que baixa [define] a política de preços no Brasil. Eu sempre saliento isso: quem faz a política de preços, as diretrizes da política de preços, tanto dos combustíveis quanto das tarifas de eletricidade, por uma questão de política setorial, é o governo”, afirmou Prates ao deixar a sede do Ministério de Minas e Energia após reunião com o ministro Adolfo Sachsida.
O senador lidera o subgrupo do governo de transição que trata de temas relacionados a petróleo e derivados. Segundo o petista, a petroleira não deve dar a palavra final sobre a política de preço, que atualmente aplica a paridade de preços internacionais.
“Claro que a Petrobras pode contribuir, mas é principalmente a agência reguladora e o ministério que fazem esse processo. Isso já vai se dar dentro do âmbito do novo governo”, disse, se referindo à Agência Nacional do Petróleo e à Pasta de Minas e Energia.
Nesta terça-feira, as ações da Petrobras apresentavam desvalorização por volta das 15:30 (de Brasília). O papel PETR3 caía 2,52%, cotado a R$ 26,34. Já a ação PETR4 recuava 3,02%, cotada a R$ 22,81.
Petrobras (PETR4): governo deve suspender desinvestimentos
Os desinvestimentos da Petrobras (PETR3;PETR4) serão suspensos pelo Ministério de Minas e Energia, afirmou o senador potiguar Jean Paul Prates (PT) nesta terça-feira (22). Tal processo inclui a venda de participação da petroleira na TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil), que opera o gasoduto entre os 2 países.
“A gente indicou que esse é um processo complexo que envolve relações com o governo da Bolívia, toda uma programação do sistema de gás com a Argentina, Bolívia e Brasil. Não é uma coisa que se possa fazer a toque de caixa no final do governo“, afirmou Prates.
O grupo de trabalho de Minas e Energia na transição, do qual Prates faz parte, participou de uma reunião com o ministro Adolfo Sachsida ainda nesta terça-feira.
“O ministro disse, com muita razão, que não vai tomar medidas novas no ministério nesse período até a posse do novo governo. A visão dele, que acho correta, é que cabe ao próximo governo tomar as medidas estruturais que ache necessárias“, declarou o coordenador do grupo técnico, Maurício Tolmasquim, sobre a Petrobras.