Em meio à controvérsia sobre a não distribuição de dividendos extraordinários pela Petrobras (PETR3; PETR4), outra liderança do governo federal se manifestou em apoio ao presidente da companhia, Jean Paul Prates, que agora enfrenta críticas internas no Palácio do Planalto.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), expressou seu apoio à permanência de Prates na liderança da Petrobras, ressaltando a experiência do ex-senador no setor de óleo e gás.
“A presidência da Petrobras é um cargo de confiança do presidente da República. Na minha opinião, ele deve continuar. É uma pessoa da área e tem todas as condições de fazer”, afirmou Alckmin, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Ao ser questionado sobre a possível saída de Prates da presidência da Petrobras, Rui Costa afirmou: “Isso não está na pauta. Então, não está descartada porque nunca veio à mesa. Não foi discutido”.
“A empresa teve o segundo maior lucro da história. E só não é o maior porque o primeiro foi vendendo ativos. Pagou o segundo maior dividendo de sua história. E essa empresa está em crise? Se essa empresa está em crise, acho que todas as empresas brasileiras queriam estar assim”, ironizou o chefe da Casa Civil.
Petrobras (PETR4) nega sinalização sobre dividendos extras em evento
A Petrobras (PETR3; PETR4) afirmou, na terça-feira (12), que não fez promessas ou indicou uma direção específica em relação a dividendos extraordinários durante um evento.
A declaração vem após relatos de que durante uma apresentação para analistas em Nova York, agentes de mercado teriam ficado “confiantes” sobre a manutenção da política de pagamento de dividendos extras.
A petroleira afirmou que as apresentações realizadas durante o evento com analistas e investidores, realizado nos dias 30 e 31 de janeiro, não continham qualquer informação relevante ainda não divulgada.
As apresentações, inclusive, foram disponibilizadas no site da Petrobras e arquivadas junto aos órgãos reguladores brasileiro e norte-americano.
“A Petrobras procura ser transparente sobre sua governança e seus processos decisórios para que os investidores façam suas análises e cheguem às suas conclusões, em linha com as melhores práticas do mercado, que foi o objetivo do referido evento”, afirmou a empresa em esclarecimento ao mercado.
“A companhia esclarece que encontros com analistas e investidores são realizados no curso normal de suas atividades e que não divulga informação relevante não pública em tais eventos”, finalizou.