Pagadoras de dividendos

Petrobras (PETR3) corta R$ 50 bi em dividendos e País despenca em ranking 

Redução nos pagamentos da petroleira afetou posição geral do Brasil e impactou o crescimento de proventos globais no ano passado

Petrobras (PETR4)
Petrobras (PETR4) /Foto: Agência Brasil

Após ser a segunda maior pagadora de dividendos do mundo em 2022, a Petrobras (PETR3, PETR4) reduziu sua distribuição em 2023 e saiu da lista das maiores pagadoras globais, de acordo com o Índice Internacional de Dividendos da gestora Janus Henderson, divulgado nesta quarta-feira (13).

A petroleira já havia ocupado a 23ª posição no ranking após registrar a maior redução de proventos do mundo no segundo trimestre.

De acordo com o levantamento, o corte realizado no ano passado foi de aproximadamente US$ 10 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões), o que não só excluiu a Petrobras do ranking, mas também levou o Brasil a ocupar o último lugar entre os países melhores pagadores, após uma queda de 40% nas distribuições no ano passado.

“O impacto dos cortes das grandes empresas fez com que o Brasil fosse o país mais fraco no nosso índice global em 2023, com pagamentos reduzidos em dois quintos numa base global”, diz o relatório. 

Empresas além da Petrobras

Além da Petrobras, a Vale (VALE3) também reduziu seus pagamentos aos acionistas em cerca de US$ 1,2 bilhão (aproximadamente R$ 6 bilhões), enquanto a Ambev (ABEV3) realizou um “pequeno corte”, de acordo com a gestora.

De acordo com a Janus Henderson, o saldo negativo das três empresas “mascarou” o forte crescimento nos pagamentos dos bancos, sem especificar o volume distribuído pelas instituições financeiras.

Em 2023, as empresas brasileiras distribuíram US$ 20,7 bilhões (aproximadamente R$ 103 bilhões) em dividendos, registrando uma queda de 40,5% em comparação com os US$ 34,8 bilhões do ano anterior.