A Petrobras (PETR3; PETR4) se destaca como uma das principais pagadoras de dividendos do Brasil nos últimos anos, embora o desempenho de suas ações nem sempre receba o mesmo reconhecimento.
Em 2024, tanto as ações preferenciais quanto as ordinárias da estatal registraram, em média, uma valorização de 11,6%. Apesar de ser um resultado positivo, ele ficou aquém da performance de outras companhias do setor, que brilharam no mercado ao longo do ano.
A empresa de óleo e gás com melhor desempenho até setembro foi a Refinaria de Petróleos Manguinhos (RPMG3), cujas ações, caracterizadas por maior volatilidade e menor capitalização, apresentaram um expressivo ganho no acumulado do ano.
De acordo com dados da Quantum Finance, as ações da Refinaria de Petróleos Manguinhos (RPMG3) registraram uma expressiva alta de 40,09% em 2024. Em comparação, os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) subiram 13,54%, enquanto as ações preferenciais (PETR4) tiveram uma valorização de 9,69% no ano.
Esse desempenho contrasta fortemente com o cenário de 2023, quando a Refinaria Manguinhos avançou 24,7%, um crescimento mais modesto em relação à Petrobras, que apresentou uma impressionante alta de quase 100% no mesmo período.
Dividendos insuperáveis da Petrobras
Embora a Refinaria Manguinhos possa ter potencial para superar a valorização das ações da Petrobras, em termos de dividendos, nenhuma empresa do setor consegue se igualar à brasileira. Algumas concorrentes no exterior podem ter desempenhos semelhantes, mas nenhuma atinge o mesmo patamar de retorno que a Petrobras oferece.
De acordo com informações da Quantum, o dividend yield (retorno proveniente apenas dos dividendos) da Petrobras para 2024 é de 17,73% para as ações preferenciais e 16,14% para as ações ordinárias. Até o final do segundo trimestre do ano, a estatal já havia distribuído R$ 23 bilhões, conforme os dados da gestora britânica Janus Henderson.