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Petrobras (PETR4): ações caem 5% após fala de Prates sobre dividendos

Prates disse que o pagamento de dividendos extraordinários pela Petrobras devem ter mais cautela; a empresa busca enegergia renovável

As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras – PETR3 e PETR4, respectivamente – caem a mais de % após as falas do presidente da estatal, Jean Paul Prates, sobre ter distribuição cautelosa dos dividendos. Apesar da estabilidade do petróleo, nesta quarta-feira (28), por volta das 16h04 (horário de Brasília), os papéis PETR3 recuam 5,73%, a R$ 41,45. Já as ações PETR4 caem 5,93%, a R$ 40,10.

Durante entrevista à agência de notícias, Bloomberg, Prates disse que o pagamento de dividendos extraordinários pela Petrobras devem ter mais cautela, enquanto a empresa se movimenta pela potência de energia renovável. 

“Precisamos ser cautelosos. Os acionistas vão entender”, afirma Prates. “Eu seria mais conservador do que agressivo. Estamos no meio dessa grande decisão de nos tornarmos uma empresa de petróleo em transição.”

Mesmo diante das afirmações, segundo a Bloomberg, os analistas veem espaço para uma recompensa aos investidores, com bilhões de dólares extraordinários. Os valores devem ser anunciados junto ao resultado trimestral da Petrobras, previsto para o dia 7 de março. 

O banco Citi espera até US$ 7 bilhões, enquanto o o Goldman Sachs estima até US$ 8 bilhões. Depois da Saudi Aramco, a Petrobras foi a empresa que mais pagou dividendos no setor de petróleo e gás natutal, em 2022.

Espaço para recompensas com a Petrobras (PETR4)

A estatal brasileira tem ido no sentido contrário aos seus pares estrangeiros na questão de energia limpa. A exemplo da Shell Plc e da BP Plc, que tem se concentrado mais nos combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, a Chevron Corp. e a Exxon Mobil Corp. – ambas dos EUA – não tem as fontes de energia eólica e solar como prioridade, sua atenção é voltada aos negócios em petróleo e gás.

Prates já descartou, em janeiro, que a Petrobras faça “mudanças drásticas” na estratégia. Porém, segundo ele, a empresa precisa estar preparada para oportunidades de aquisição em energias renováveis e petróleo, bem como investimentos em petroquímica e produção de fertilizantes.

“A coisa mais assustadora que vejo em dez anos é uma crise com fornecedores”, disse Prates. A Petrobras tem investido em projetos eólicos e solares no Brasil, para, posteriormente, passar para a energia eólica offshore. Além disso, o combustível à base vegetal está sendo ampliado, para ser utilizado na aviação e no transporte marítimo.