A Petrobras (PETR3;PETR4) atingiu nesta quarta-feira (18) o maior valor de mercado da sua história. Segundo análise feita pelo consultor financeiro Einar Rivero e publicada pelo portal Metrópoles, parceiro do BP Money, a petrolífera bateu R$ 525 bilhões superando o recorde anterior de R$ 520,6 bilhões, estabelecido em 21 de outubro de 2022.
O valor de mercado de uma empresa é calculado com base no preço da ação na data do cálculo, multiplicado pela quantidade de papéis da companhia em circulação no mesmo dia.
Nos últimos três trimestres, a Petrobras distribuiu R$ 73,8 bilhões em dividendos, o que normalmente reduz o valor de mercado da empresa, uma vez que as ações são corrigidas quando ocorrem tais repasses.
“Mas o que torna essa conquista ainda mais notável é o fato de que, apesar dessas distribuições, o preço das ações preferenciais da Petrobras (PETR4) atingiu seu maior valor histórico, chegando a R$ 38,52, enquanto as ações ordinárias (PETR3) também alcançaram seu pico histórico, com um valor de R$ 41,56”, diz Rivero.
Nesta quarta, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) subiram 2,81% e 2,20%, respectivamente, impulsionadas pela crescente tensão no Oriente Médio.
CEO da Petrobras: piora na guerra seria “tempestade perfeita”
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quarta-feira (18) que, no momento, não há indícios de que a guerra entre Israel e o Hamas tenha interferido no preço dos combustíveis no Brasil. Apesar disso, caso o conflito se alastre, será a “tempestade perfeita” no mercado de petróleo e gás.
Prates reconheceu que o conflito já apresentou um impacto inicial no preço do petróleo, mas que houve uma estabilização após alguns dias.
De acordo com o presidente da Petrobras, a cotação do petróleo está alta, “mas não tem, necessariamente, a ver com esse conflito em si. Já tinha uma inflação estrutural acontecendo.”
Além disso, Prates disse que, das conversas que tem tido com representantes da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a intenção é procurar uma solução pacífica para a guerra e evitar uma expansão para o restante do Oriente Médio.
“O preço do petróleo já está afetado, piorar mais a guerra é a tempestade perfeita”, comentou.
O presidente da Petrobras se reuniu nesta quarta-feira com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e com o secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais.