Os analistas do Itaú BBA revisaram para cima a recomendação das ações da Petrobras (PETR3; PETR4), passando de marketperform (desempenho em linha com o mercado, equivalente à neutra) para outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra).
No mesmo relatório, enviado aos clientes no domingo, o preço-alvo das ações foi ajustado para R$ 48, representando um potencial de valorização de cerca de 30% em relação ao fechamento da última sexta-feira (13).
Monique Martins Greco Natal e sua equipe também elevaram o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) das ações preferenciais da Petrobras (PBR-A) para US$ 17,50, indicando um potencial de alta de 33%. No fechamento da semana passada, esses ADRs estavam cotados a US$ 13,20.
“No geral, acreditamos que a Petrobras oferece uma combinação de fundamentos sólidos e uma governança aprimorada, e esperamos que a empresa não mude drasticamente sua atual estratégia de alocação de capital, concentrando-se no segmento ‘upstream’ no longo prazo, ao mesmo tempo em que oferece forte distribuição de dividendos no curto prazo”, afirmaram os analistas.
Plano estratégico da Petrobras
Monique e sua equipe destacam as recentes conversas com investidores, tanto locais quanto internacionais, sobre a governança e a estratégia de alocação de capital da Petrobras. Essas discussões visam esclarecer a capacidade da empresa de manter altos dividendos no futuro.
Além disso, o banco avaliou como as estratégias de investimento da Petrobras ao longo das últimas duas décadas se refletiram em seus Planos Estratégicos e examinou o histórico da empresa na execução dos planos de investimento previamente anunciados.
O banco projeta que a ação será negociada a 3,0 vezes o valor da empresa em relação ao lucro operacional (EV/Ebitda), 4,3 vezes o preço sobre o lucro (P/L), e que oferecerá um dividend yield de 14% para 2025.
“Este potencial pagamento de dividendos previsto para 2025 poderá, no entanto, ser afetado por variações nos preços do petróleo, por alterações no posicionamento dos preços de combustíveis da empresa, pelo ritmo de crescimento da produção de petróleo e, evidentemente, pela execução dos investimentos”, avalia o BBA.