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Petrobras (PETR4): BBI eleva preço-alvo e reitera compra

Analistas do banco elevaram preço-alvo de R$ 38 para R$ 48 para ação PN e destacam tese ainda poderosa

Em um relatório recente, o Bradesco BBI reafirmou as ações da Petrobras (PETR4) como uma das suas principais escolhas no setor de petróleo e gás. Eles também aumentaram o preço-alvo das ações de R$ 38 para R$ 48 por ação PETR4.

A recomendação do BBI é “outperform” (desempenho acima da média do mercado, equivalente a uma recomendação de compra). Segundo o BBI, o retorno total esperado ainda é considerado bastante significativo.

Os analistas do banco destacam que a tese de carry (carregamento) continuará sendo robusta. Além do potencial de valorização de 17% em relação à cotação de fechamento da última quarta-feira (14), que foi de R$ 40,99, eles preveem um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de 16% para 2024 e 12% para 2025.

Para o quarto trimestre de 2023 (4T23), o Bradesco BBI espera que o resultado da estatal (previsto para ser divulgado em 7 de março) seja robusto, resultando em US$ 9 bilhões em dividendos (sendo US$ 4 bilhões ordinários e US$ 5 bilhões extraordinários), o que equivale a um rendimento de 8% no trimestre.

BBI espera da Petrobras

Por outro lado, o banco observa que a petrolífera parece ter recentemente atraído fluxos internacionais, possivelmente provenientes da Saudi Aramco. “Com outra provável oferta secundária este ano para a Aramco, alguns desses fluxos poderão retroceder”, diz.

Com relação aos riscos, o banco observa que a Petrobras deve manter sua disciplina de capital em relação a fusões e aquisições, assim como manter seu plano de investimento de US$ 11 bilhões nos próximos cinco anos. Ao incorporar US$ 5 bilhões em negócios de fusões e aquisições para 2024 e US$ 3 bilhões para 2025, a principal razão pela qual o rendimento de dividendos cai para 12% para este último período.

O BBI também expressou a crença de que alguns investidores podem optar por vender suas ações quando elas se tornarem ex-dividendos no quarto trimestre de 2023, mas 50% dos acionistas da estatal, conforme pesquisado, afirmaram que pretendem reinvestir seus dividendos na empresa.

Atualmente, a ação da Petrobras é negociada a 3,1 vezes o Valor da Firma (EV)/Ebitda, apresentando um desconto de 15% em relação às principais empresas europeias. Em termos de avaliação, os analistas esperam que os investidores continuem focados no rendimento de dividendos, considerando que a estatal ainda está pagando uma média de 16% em 2024, em comparação com uma média de 10% para a indústria global. O preço-alvo é derivado de um rendimento de dividendos justo de 12% para 2024.