O conselho de administração da Petrobras (PETR3;PETR4) aprovou a atuação da estatal em São Tomé e Príncipe, na costa oeste da África. Com isso, a companhia pode adquirir participações em três blocos exploratórios, por meio de processo competitivo conduzido pela Shell.
A Petrobras comprou 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% de participação no bloco 11. A Shell possui 40% de cada um desses blocos, a ANP-STP possui uma participação de 15% em cada e a Galp possui 20% do bloco 11.
De acordo com a Petrobras, a compra dos blocos marca a “retomada da atuação exploratória no continente africano com o propósito de diversificação de portfólio e está alinhada à estratégia de longo prazo da companhia, visando a recomposição das reservas de petróleo e gás, por meio de exploração de novas fronteiras e atuação em parceria”.
Petrobras (PETR4) inicia perfuração de poço na Margem Equatorial
A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou no sábado (23) que iniciou a perfuração do poço de Pitu Oeste, no litoral do Rio Grande do Norte. Os trabalhos marcam um novo passo da pesquisa da companhia por óleo e gás na Margem Equatorial, região que desperta preocupações ambientais. O poço, no entanto, está distante da foz do Rio Amazonas, considerada a localidade mais sensível.
De acordo com nota divulgada pela estatal, a perfuração será realizada a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte e levará de três a cinco meses. “A Petrobras obterá mais informações geológicas da área, o que permitirá a confirmação da extensão da descoberta de petróleo já feita, em 2014, no poço de Pitu”, diz o texto.
A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás.
No seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos. No entanto, a exploração das reservas encontradas na região, sobretudo próximo à foz do Rio Amazonas, é criticada por grupos ambientalistas que veem risco de impactos à biodiversidade.