Proventos extras

Petrobras (PETR4): Conselho dá aval para distribuir 50% dos dividendos

Isso representa uma mudança de perspectiva do governo Lula, que inicialmente não planejava realizar qualquer pagamento

Petrobras (PETR4)
Foto: reprodução/Tânia Rêgo

O Conselho de Administração da Petrobras (PETR3; PETR4) afirmou nesta sexta-feira (19) que a possível distribuição de 50% dos dividendos extraordinários “não afetaria a estabilidade financeira da empresa”.

Isso representa uma mudança de perspectiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que inicialmente não planejava realizar qualquer pagamento.

A proposta será submetida à análise durante a Assembleia Geral Ordinária, agendada para a próxima quinta-feira (25), juntamente com a sugestão anterior de reter todo o dividendo extraordinário em uma conta de reserva estatutária. A decisão final sobre o pagamento caberá aos acionistas.

Dividendos extraordinários

Os dividendos extraordinários correspondentes ao lucro da estatal em 2023 totalizam R$ 43,9 bilhões. Se 50% desse montante for distribuído, representará a liberação de aproximadamente R$ 22 bilhões.

O governo, como principal acionista, poderá receber cerca de R$ 9 bilhões. Esse pagamento proporciona um alívio fiscal considerável, considerando a projeção de déficit para 2024.

Na assembleia da Petrobras, também serão eleitos novos membros para o Conselho de Administração, que atualmente é composto por 11 integrantes. Até o momento, há 14 candidatos concorrendo às vagas.

O governo indicou 8 candidatos, mas é esperado que mantenha apenas seus 6 assentos atuais. Os acionistas minoritários devem manter as outras 4 vagas. O 11º assento é reservado para representação dos empregados da estatal.

Petrobras (PETR4): Prates e PT defendem nome ligado à Lula

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (PETR4), durante o encontro com a bancada do PT no senado, nesta semana, discutiu o cenário da estatal  com o comando do Conselho Administrativo, com quem vem tendo embates, de acordo com apuração da Folha de S. Paulo. 

Segundo relatos, Prates e os membros do partido do presidente Lula jantaram na última terça-feira (16), em Brasília. Na ocasião, expressaram o desejo de que estivesse à frente do Conselho um nome mais ligado ao mandatário do Poder Executivo. 

Correligionários de fora do Senado concordam com a perspectiva dos políticos, segundo a Folha. No encontro, os comentários se baseiam nas disputas de poder pelo comando da Petrobras. 

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