Petrobras (PETR4): Credit Suisse eleva preço-alvo a US$ 20

O Credit Suisse acredita que o cenário atual é positivo para as ações da Petrobras, apesar dos riscos eleitorais

Os ADRs (recibos de ações) da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram seu preço-alvo elevado para US$ 20 pelo Credit Suisse nesta segunda-feira (19). Em relatório, o banco acredita que o cenário atual é positivo para as ações da petroleira, apesar dos riscos da eleição de outubro.

De acordo com os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, a elevação do preço-alvo surge após a instituição financeira aumentar suas estimativas do petróleo no longo prazo, de US$ 70 o preço do barril para US$ 75 em 2025, e US$ 65 para US$ 70 em 2026.

“No curto prazo, acreditamos que a fraqueza na atividade econômica vai impactar a recuperação pós-pandemia na demanda do petróleo, mas os preços vão ser apoiados pelo gerenciamento de mercado da Opep”, escreveram.

Ainda para o Credit Suisse, a estatal pode gerar U$ 9 bilhões em fluxo de caixa entre julho e setembro deste ano, caso o preço do barril de petróleo se mantenha em torno de US$ 90.

Por volta das 14:05 (de Brasília), as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) subiam 1,42% e 1,53%, respectivamente. 

Petrobras (PETR4) reduz preço do diesel em R$ 0,30

Ainda nesta segunda-feira (19), a Petrobras (PETR3;PETR4) reduziu o litro do diesel nas distribuidoras. O preço caiu de R$ 5,19 para R$ 4,89.

O preço dos combustíveis no Brasil segue acima da paridade internacional, com a defasagem do diesel ainda maior que a da gasolina, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgados nesta segunda-feira.

A Petrobras (PETR3;PETR4) não altera o preço da gasolina nas refinarias há 18 dias, e do diesel há 39 dias, por isso a defasagem chega a 6% e 10%, respectivamente, com o petróleo em queda no exterior (mesmo com a alta recente do dólar).

O preço do diesel deveria cair R$ 0,47 no país e, da gasolina, R$ 0,17, para que a paridade internacional seja atingida, segundo a Abicom. A média nacional do diesel está em +10%, ou R$ 0,47, sexta (16), era +11% ou 0,50 e a média nacional da gasolina está em +6%, ou R$ 0,17, enquanto na sexta (16) era +5% ou 0,17. 

Segundo especialistas, o problema da Petrobras reduzir o preço dos combustíveis no momento, seria ter que aumentar mais à frente, a poucas semanas das eleições, caso o mercado virasse novamente, a poucas semanas das eleições.