A disputa em torno da fatia da Braskem (BRKM5) perdeu um concorrente de peso. A Petrobras (PETR3;PETR4) teria desistido de comprar a participação que a Novonor possui e ampliar sua participação na petroquímica. Segundo informações apuradas pelo Broadcast/Estadão, o governo estaria com medo de um possível desgaste político.
A antiga Odebrecht detém 50,1% do capital votante da Braskem, enquanto os outros 36,1% e 25,6% pertencem à Petrobras e outros acionistas, respectivamente. Porém, em caso de venda, a estatal possui prioridade para comprar a outra parcela.
Ainda de acordo com a reportagem, se a esperada proposta da J&F não vingar, a tendência é mesmo uma parceria com a Unipar (UNIP6), que desde o início da venda, no final de 2021, conversa com a Petrobras. Já a oferta do grupo árabe Adnoc teria sido descartada.
Irmãos Batista planejam oferta por petroquímica
Os irmãos Batista, donos da JBS (JBSS3), articulam com bancos para realizar sua proposta no páreo. A J&F, holding da JBS, teria que vincular uma proposta atrativa, já considerando que a Unipar e a Adnoc fizeram propostas diferentes para comprar fatias da empresa.
O interesse da J&F na petroquímica foi manifestado em meados de 2022 como uma oportunidade de diversificar os negócios da família Batista. Essa estratégia foi considerada levando em conta que a JBS já atingiu uma relevância significativa e tem menos margem para crescer além do seu tamanho atual. Portanto, a entrada no setor petroquímico seria uma forma de explorar novas oportunidades e expandir as atividades da J&F.
Proposta da Unipar
A Unipar fez uma oferta no último dia 10, com o interesse em adquirir uma participação de 34,4% na Braskem do maior acionista da empresa, a Novonor, por R$ 10 bilhões.
Em outro contexto, a petroquímica também é disputada por outros players, por Abu Dhabi National Oil Co. e pelo Apollo Global Management para adquirir todas as ações da Braskem, incluindo as da Petrobras, por mais de R$ 37,5 bilhões.