A Petrobras (PETR3; PETR4) deve divulgar seu resultado do primeiro trimestre de 2024 (1T24) após o fechamento do mercado nesta segunda-feira (13), com expectativa de uma queda sequencial.
A redução nos volumes de produção é apontada como a principal razão para um desempenho inferior entre janeiro e março deste ano em comparação com o quarto trimestre de 2023.
A Petrobras divulgou sua prévia operacional há aproximadamente duas semanas.
A empresa produziu, em média, 2,77 milhões de barris de óleo ou equivalente por dia (boed), representando uma queda de 5,4% em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 3,2% em relação ao ano anterior.
As vendas no período entre outubro e dezembro recuaram 4,9%, totalizando 1,6 milhões de barris por dia.
Após a publicação do relatório, a equipe da XP Investimentos destacou que a principal conclusão foi a queda na produção, conforme já previsto nos dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
Analistas avaliam o que esperar da Petrobras
Essa redução na produção é principalmente atribuída às paradas de manutenção nos ativos do pré e do pós-sal.
A corretora espera que a Petrobras apresente um Ebitda ajustado de US$ 13,1 bilhões, uma queda de 8,1% em comparação com o trimestre anterior.
Após a prévia, o Morgan Stanley divulgou que a produção da Petrobras ficou em linha com as estimativas, porém reduziu sua projeção de Ebitda para o primeiro trimestre.
Essa revisão foi atribuída às menores margens de refino, devido ao recuo nas vendas no setor devido à sazonalidade, resultando em menor diluição de custos, e à contribuição ligeiramente mais baixa de gás e energia.
O Bradesco BBI observa que a redução do preço do diesel em US$ 14 por barril, devido aos cortes anunciados no final de 2023, deve impactar negativamente o lucro operacional da Petrobras na frente de refino.
A equipe da instituição prevê que a Petrobras apresente um Ebitda ajustado de US$ 14,3 bilhões, uma queda trimestral de 10%.
O Itaú BBA destaca que o trimestre foi caracterizado por paradas programadas tanto no segmento de exploração e produção (E&P) quanto no de refino, transporte e comercialização (RTC).
Isso resultou em volumes de vendas menores e maiores importações, combinados com preços mais baixos do petróleo.