Com os preços do petróleo, depreciação cambial e outros obstáculos regionais figurando um cenário macroeconômico desafiador, o JP Morgan destacou que as ações da Petrobras (PETR4) e PRIO (PRIO3) são suas preferidas do setor no Brasil e restante da América Latina este ano.
Na linha dos preços internacionais do petróleo, espera-se que as cotações do Brent – referência mundial – recuem em 2025, por isso, o JPMorgan acredita que a Petrobras e a Prio oferecem uma boa oportunidade de investimento.
Isto porque ambas as companhias são dolarizadas, com baixos custos operacionais (lifting costs) e flexibilidade de Capex, garantindo geração de fluxo de caixa.
Além disso, outro destaque foi o fato de que as avaliações de PRIO e Petrobras ainda são descontadas, o que elimina a possibilidade de rebaixamento da recomendação, segundo o “InfoMoney”.
Sendo assim, o banco norte-americano manteve recomendação de compra para Petrobras e subiu o preço-alvo de R$ 47,50 para R$ 49,50.
Enquanto para a PRIO, o banco também reiterou recomendação de compra, porém reduziu o preço-alvo de R$ 62 para R$ 61.
A previsão da equipe de commodities do banco é que haja uma mudança no mercado, saindo de equilíbrio em 2024 para um superávit de 1,3 milhão de barris/dia em 2025. O suporte para isso seria o crescimento mais lento da demanda, que deve atingir 1,1 milhão de barris/dia, com o fim da recuperação pós-pandemia e as tendências de descarbonização.
Por outro lado, a expectativa do JP Morgan é que a oferta fora da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) aumente 1,8 milhão de barris/dia, liderada por Brasil, Guiana, Senegal e Noruega, ao passo que o xisto nos EUA deve crescer 670 mil barris/dia (com águas profundas superando o xisto).
Nesse contexto, a equipe do banco acredita que a OPEP continue sensível aos preços e suporte o mercado de petróleo.
Petrobras (PETR4) firma acordo com Prio (PRIO3) para uso de infraestrutura
A Petrobras (PETR4) confirmou a assinatura e um acordo com a Prio (PRIO3) para que a petroleira independente use o seu Sistema Integrado de Escoamento de gás natural da Bacia de Campos (SIE-BC) e a Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB).
A Prio iniciou a operação comercial de contratos para escoamento e processamento de gás natural dos campos de Frade, com 100% de participação, e Albacora Leste, com 90%, ambos localizados na Bacia de Campos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pelo Broadcast, apontando que os contratos entraram em vigor no dia 1º de janeiro de 2025.
A companhia planeja comercializar 300 mil metros cúbicos de gás natural por dia, utilizando sua própria comercializadora para atender tanto o mercado livre quanto o cativo. Além disso, a Prio tem a expectativa de ultrapassar 1 milhão de metros cúbicos diários com o início das operações do campo de Wahoo, que ainda depende de autorização do Ibama para avançar.
“A companhia tem a preocupação de contribuir com o fortalecimento de um mercado de gás natural aberto, sustentável e competitivo, com diversidade de agentes em todos os elos da cadeia”, escreveu na nota o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim.