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Petrobras (PETR4) está focada em eólica offshore, diz Prates

O presidente da Petrobras disse que a estatal chega aos seus 70 anos “de olho no futuro”

O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, disse nesta quinta-feira (28) que a estatal chega aos seus 70 anos “de olho no futuro”. Segundo Prates, a empresa planeja desenvolver novos negócios no âmbito da energia renovável, com foco em eólica offshore, hidrogênio e combustíveis renováveis.

“Não estamos longe de ter uma realidade de eólica offshore e hidrogênio”, afirmou Prates, em fala feita no XI Seminário sobre a matriz e segurança energética, evento promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Amcham.

No discurso, o ex-senador confirmou que o próximo Plano Estratégico da Petrobras, para o período 2024-2028, terá entre 6% e 15% do capex direcionado à descarbonização. “E está mais para 15% do que para 6%”, pontuou.

O presidente da petroleira ainda comentou os novos negócios que a empresa pretende desenvolver, com destaque para a energia eólica offshore, que poderão atingir 23 gigawatts (GW).

“Nosso objetivo é deslanchar energias renováveis no país, a captura de carbono e até hidrogênio e outras fontes”, disse Prates.

Na saída do evento, o ex-senador ainda pontuou a jornalistas que a estatal não está segurando os preços dos combustíveis em suas refinarias.

A defesa do executivo da Petrobras surge em um contexto de escalada do petróleo e aperto no mercado de combustível mundial, ante restrições de exportação russas.

Petrobras (PETR4): ministro pede recompra de refinarias privatizadas

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu na quarta-feira (27) que a Petrobras (PETR4) negocie a recompra de refinarias que foram privatizadas. Ele disse que isso deveria ser feito “dentro das regras de mercado”.

“A Petrobras deve negociar com as refinarias que foram privatizadas, dentro das regras de mercado, porque nós teremos de respeitar a segurança jurídica, a estabilidade regulatória, ela possa readquirir essas refinarias”, disse o ministro.

Silveira deu a declaração em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto depois de cerimônia de assinatura de contratos de transmissão de energia elétrica.