A Petrobras (PETR3;PETR4) garantiu ao grupo de trabalho (GT) de Minas e Energia da equipe de transição do governo Lula que está monitorando o estoque operacional de combustíveis para a virada do ano. O grupo se reuniu nesta segunda-feira (05) com a diretoria da estatal.
De acordo com o senador Jean-Paul Prates (PT-RN), coordenador do subgrupo de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do GT, a equipe questionou a política de estoques operacionais da petroleira para a virada do ano.
O petista ainda relatou que a reunião tratou da política paridade de preço internacional (PPI) e sobre o acordo da Petrobras com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que levou à venda oito refinarias da estatal.
Nesta segunda-feira, as ações da Petrobras caíram. O papel PETR3 caiu 1,35%, cotado a R$ 29,23, enquanto a ação PETR4 desvalorizou 1,12%, cotada a R$ 25,62.
Petrobras (PETR4) perde posto de empresa de maior valor da B3
A Petrobras (PETR3;PETR4) não é mais a empresa de maior valor de mercado na B3 (bolsa brasileira). A estatal foi ultrapassada pela Vale (VALE3). Considerando o fechamento do pregão da última quarta-feira (30), a petroleira tem R$ 376 bilhões de valor de mercado, enquanto a mineradora possui R$ 389 bilhões.
Em 21 de outubro deste ano, a estatal atingiu o maior valor de mercado de sua história, com R$ 525 bilhões, de acordo com levantamento da plataforma “TradeMap”. Desde o dia do maior valor até o dia 30 de novembro, a Petrobras perdeu R$ 145 bilhões de valor de mercado.
Petrobras (PETR4): transição pede suspensão de venda de ativos
Em reunião virtual com o presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Caio Mário Paes de Andrade, representantes do governo de transição pediram em 28 de novembro que o plano de desinvestimentos fosse suspenso, até que uma nova gestão da companhia tome posse.
“A lista dos ativos (à venda) a gente já conhece. O ideal seria suspender tudo até o novo conselho. É claro que havendo situações em que o prejuízo ou o custo da paralisação seja pior que a continuação (da venda), isso será analisado. Em última instância, a decisão é da diretoria”, afirmou à “Reuters” Maurício Tolmasquim, que integra o grupo que trata de questões de Minas e Energia.
Segundo a agência “Reuters”, durante o encontro, que ocorreu na tarde desta segunda-feira, também foi discutido como seriam tratados temas sigilosos para a estatal, para que não houvesse chances de vazamentos prejudiciais à Petrobras, que tem capital misto.