As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) tiveram seu preço-alvo cortado de R$ 34,60 para R$ 29,50 pelo Goldman Sachs. Já as preferenciais (PETR4) foram reduzidas de R$ 31,40 para R$ 26,90. Além disso, o banco manteve recomendação “neutra” para os papéis da companhia.
O banco norte-americano também cortou o preço-alvo dos recibos de ações (ADRs) da estatal negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) de US$ 13,60 para US$ 11.
As estimativas da instituição financeira foram atualizadas após a companhia incorporar uma perspectiva de preços do Brent mais baixos no curto prazo.
João Frizo, Bruno Amorim e Guilherme Costa Martins, analistas do Goldman Sachs, veem o barril do Brent a US$ 90 a tonelada no primeiro trimestre de 2023 e em US$ 95 no segundo trimestre, ante projeção anterior de US$ 110. No próximo ano, o barril deve fechar em US$ 98 e subir para US$ 105 em 2024.
Em relatório, os analistas do banco ainda escreveram que a Petrobras deve ter um rendimento de dividendos de 40% e 45% em 2023 e 2024, respectivamente. No entanto, a instituição financeira afirma que as incertezas envolvendo a companhia vão continuar.
Nesta terça-feira (20), por volta das 17:30 (de Brasília), as ações da Petrobras apresentavam valorização. O papel PETR3 avançava 2,11%, cotado a R$ 26,09. Já a ação PETR4 subia 2,95%, cotada a R$ 23,04.
Petrobras (PETR4): Morgan Stanley corta preço-alvo
Além do Goldman Sachs, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram seu preço-alvo reduzido de US$ 14 para US$ 11,50 pelo Morgan Stanley. A casa ainda manteve recomendação equalweight (equivalente à neutra).
De acordo com o analista Bruno Montanari, o posicionamento nas ações da Petrobras dependerá do nível de intervenção do governo em 2023.
“O consenso entre os investidores é que a intervenção está efetivamente de volta à Petrobras, e nós concordamos. Um princípio orientador da nova administração é que as estatais têm um papel social a desempenhar e devem ser ativamente geridas pelo governo. Mas nem todas as administrações intervencionistas são da mesma forma, e uma maior conscientização das partes interessadas, informações de observadores externos e o poder dos mecanismos de controle podem servir para mitigar os resultados potenciais mais adversos”, escreveu o analista do Morgan Stanley.
O analista acredita que os dividendos da petroleira serão um importante catalisador de ações nos próximos dois trimestres. A Petrobras divulgará os resultados do quarto trimestre de 2022 em 1 de março de 2023.