Ações da petroleira

Petrobras (PETR4): Goldman Sachs reduz preço-alvo

A decisão da petroleira de bloquear a distribuição de dividendos extras, resultou em um clima de incerteza em relação política

Petrobras (PETR4)
Petrobras (PETR4) (Foto: divulgação)

O banco norte-americano Goldman Sach revisou para baixo o preço-alvo do ADR ordinário (PBR) da Petrobras (PETR4) de US$ 19,70 para US$ 17,60. Os especialistas que assinam o relatório sugerem que esses riscos podem ter sido incorporados pelo mercado após a forte queda das ações na sexta-feira (8).

O novo preço-alvo implica um potencial de alta de 19,01% em relação ao fechamento do ADR ordinário (PBR) na sexta-feira (8), que foi de US$ 14,78, resultando em uma queda de 11,50%. No pré-mercado, o papel registrou um leve aumento de 0,07%, alcançando US$ 14,79.

A decisão dos membros do conselho da Petrobras (PETR4), alinhados ao governo, de bloquear a distribuição de dividendos extras, adicionou uma camada adicional de incerteza política em relação à petroleira. 

Petrobras (PETR4) tem queda de 9% no ADR

Os momentos que antecederam a divulgação dos resultados – especialmente em relação aos dividendos- da Petrobras (PETR4) foram marcados por grande tensão.

A incerteza em torno da divulgação dos resultados e os boatos sobre a possibilidade de não pagamento de dividendos extraordinários levaram os ADRs (American Depositary Receipts, equivalentes às ações negociadas na Bolsa de Nova York) da PBR (que correspondem à PETR3) a registrar uma queda de mais de 13% no after market, por volta das 21h (horário de Brasília).

O encerramento das negociações no pós-mercado ocorreu às 22h, momento em que o papel apresentou uma queda de 9,10%, chegando a US$ 15,18. As informações sobre os dividendos foram divulgadas posteriormente, às 22h06, com a empresa optando por uma política de pagamento correspondente a 45% do seu fluxo de caixa livre.

A proposta do Conselho era de pagar R$ 14,2 bilhões, deixando R$ 43,9 bilhões para a reserva de remuneração do capital. Os analistas do mercado esperavam pagamentos extraordinários na faixa entre US$ 4 bilhões e US$ 9 bilhões para o período.