Diz secretário

Petrobras (PETR4): governo pode distribuir 100% dos dividendos

Dos R$ 14 bi a mais projetados pela equipe para receitas com dividendos, R$13 bi se referem a pagamentos que seriam feitos pela companhia

Petrobras
Petrobras / Foto: Agência Petrobras

O governo acha “provável” a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4), disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

De acordo com o secretário, dos cerca de R$ 14 bilhões a mais projetados para este ano pela equipe econômica para receitas com dividendos em seu relatório bimestral de avaliação fiscal, R$ 13 bilhões dizem respeito a pagamentos que seriam feitos pela Petrobras.

“Caso seja observado algum ajuste em função da não materialização, a gente faz isso conforme o fato novo ocorrer, mas neste momento o nosso entendimento é que o cenário provável é a distribuição dos recursos”, afirmou Ceron.

Se a distribuição integral acontecer, o payout (porcentagem de lucro líquido distribuído via dividendos ou juros sobre capital próprio) da Petrobras (PETR4) iria para 92,49%. Em 2022, foram distribuídos 89,6%. O cálculo é de Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta.

O dividend yield da companhia, caso ocorra a distribuição de 100% dos recursos, vai subir cerca de 4,4 pontos e atingir 23,44%. O cálculo é de Victor Bueno, sócio e analista de ações da Nord Investimentos.

A companhia realizou, na segunda-feira (20), mais um pagamento aos acionistas referente ao exercício de 2023, totalizando R$ 94,35 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 22 bilhões foram em dividendos extraordinários.

Aqueles que possuíam ações da empresa ao final do pregão em 2 de maio garantiram cerca de R$ 1,75 por ação, um valor que será distribuído em duas parcelas de rendimentos.

A primeira parcela, no valor de R$ 0,878576 por ação, efoi depositada na segunda-feira (20), enquanto a segunda parcela, também de R$ 0,878576 por ação, será distribuída em junho.

Petrobras (PETR4): nova presidente toma providências antes de assumir

Apesar da discrição desde que assumiu o comando da Petrobras (PETR4) pela indicação do presidente Lula (PT)Magda Chambriard já deu os primeiros passos no cargo, de acordo com a Coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.

A partir do momento que sua indicação se tornou formal, a presidente da Petrobras já foi à sede da empresa pedir estudos e informações aos subordinados, além de também ter participado de reuniões.

Segundo a coluna, suas providências ajudam a compreender suas prioridades no comando da petroleira. Uma das primeiras sendo o imbróglio da Unigel, que tenta um contrato que o TCU (Tribunal de Contas da União) já classificou como prejudicial à Petrobras. 

A gestão de Jean Paul Prates tentava fechar o contrato, que também é de interesse do ministro da Casa Civil, Rui Costa, conforme informações do veículo, porém o TCU alertou que tal negócio poderia provocar um rombo de até R$ 500 milhões.

Chambriard já se encontrou com técnicos para discutir sobre o caso, além de ter requisitado material a respeito, diz a coluna. 

Em paralelo a isso, Chambriard também requisitou reuniões para ficar a par de dois temas que deve tratar como urgências, em promessa à Lula: as obras das refinarias Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. 

A volta da indústria naval através de encomendas da Petrobras também estão entre as pautas. Na mesma linha, a criação de uma subsidiária da Petrobras na China também foi discutida pela nova chefe da empresa, que parece querer dar segmento ao projeto, segundo O Globo.