Petrobras (PETR4): governo deve suspender desinvestimentos

Os desinvestimentos da Petrobras serão suspensos pelo Ministério de Minas e Energia

Os desinvestimentos da Petrobras (PETR3;PETR4) serão suspensos pelo Ministério de Minas e Energia, afirmou o senador potiguar Jean Paul Prates (PT) nesta terça-feira (22). Tal processo inclui a venda de participação da petroleira na TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil), que opera o gasoduto entre os 2 países. 

“A gente indicou que esse é um processo complexo que envolve relações com o governo da Bolívia, toda uma programação do sistema de gás com a Argentina, Bolívia e Brasil. Não é uma coisa que se possa fazer a toque de caixa no final do governo“, afirmou Prates.  

O grupo de trabalho de Minas e Energia na transição, do qual Prates faz parte, participou de uma reunião com o ministro Adolfo Sachsida ainda nesta terça-feira.

“O ministro disse, com muita razão, que não vai tomar medidas novas no ministério nesse período até a posse do novo governo. A visão dele, que acho correta, é que cabe ao próximo governo tomar as medidas estruturais que ache necessárias“, declarou o coordenador do grupo técnico, Maurício Tolmasquim.

Nesta terça-feira, as ações da Petrobras apresentavam desvalorização por volta das 14:20 (de Brasília). O papel PETR3 caiu 3,11%, cotado a R$ 26,18. Já a ação PETR4 recuou 3,19%, cotada a R$ 22,77.

Petrobras (PETR4): banco reduz preço alvo de ação para R$ 22

O banco UBS recomendou a venda das ações da Petrobras (PETR4) e reduziu o preço-alvo dos papeis de R$ 47 para R$ 22, segundo informações da “CNN”. Na segunda-feira (21) as ações fecharam a R$ 26,78 com alta de 0,3% depois da confirmação do pagamento de dividendos.

Segundo o relatório do banco, parte da decisão foi proporcionada por comentários feitos pela equipe de transição do novo governo. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ainda não decidiu quem vai ser o novo presidente da Petrobras, mas disse na campanha que quer mudar a política de preços.

Três pontos nebulosos colaboram para o mau humor com a companhia: política de preços, política de investimentos e perspectivas para o futuro.

“Nada disso está claro no momento, no entanto, comentários do time de transição nós dá algumas pistas, e observando o passado da Petrobras precisamos ser cautelosos”, diz o documento, segundo a publicação.

O banco também enfatiza que não há decisão sobre o futuro da política de preços, mas que espera margens de lucro mais apertadas para o refino. Ressalta também que com mais investimentos em energia renováveis a Petrobras vai pagar menos dividendos, o que é prejudicial do ponto de vista do investidor.