Petrobras (PETR4): Gringos se empolgam com nova política de dividendos

Conforme divulgou a petroleira na noite da última sexta-feira (28), a petroleira distribuirá 45% de seu fluxo livre de caixa em dividendos,

Os investidores estrangeiros se empolgaram nesta segunda-feira (31), após o anúncio da Petrobras (PETR3; PETR4) que aderiu uma nova política de dividendos. A reação dos ADRs (recibo de ações, na prática, ativos negociados das empresas brasileiras na Nyse) no pré-market da Petrobras era a princípio positiva. 

Às 8h54 (horário de Brasília), os ativos ordinários da Petrobras (PETR3), PBR, tinham alta de 1,44%, a US$ 14,13, enquanto os PBR-A, relativos aos preferenciais PETR4 tinham alta de 1,11% no mesmo horário, a US$ 12,76.

De acordo com o que a Petrobras divulgou na noite da última sexta-feira (28), a petroleira distribuirá 45% de seu fluxo livre de caixa em dividendos, ante a política anterior de distribuição de 60%.

Apesar do valor total de dividendos ser menor, a recente política de distribuição de dividendos da empresa estatal ainda supera levemente as expectativas dos analistas. Estes previam um pagamento correspondente a 40% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos.

O Goldman Sachs destaca que os 40% equivalem ao que os pares internacionais pagam. Em relatório divulgado na última semana, analistas do banco destacam que a companhia já havia sinalizado que a nova política iria de encontro com “o que outras grandes empresas de petróleo estão fazendo”.

Nova política de dividendos

O Conselho de Administração da Petrobras (PETR3;PETR4) informou na noite de sexta-feira (28) que aprovou sua nova política de dividendos. Agora, o provento trimestral da estatal estabelecido será de 45% de seu fluxo de caixa livre, abaixo dos atuais 60%, isso quando a dívida bruta da empresa estiver abaixo de US$ 65 bilhões.

Em documento, a Petrobras explicou que o fluxo de caixa livre é a diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos, que foram ajustados para considerar, além das aquisições de imobilizados e intangíveis, as aquisições de participações societárias.

“As referências a valores específicos de dívida bruta foram substituídas pela expressão ‘nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor’, eliminando a necessidade de atualização da política numa eventual mudança de referência de endividamento. No plano atual esse valor é de US$ 65 bilhões”, escreveu a companhia em documento enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A Petrobras ainda disse que poderá, em casos excepcionais, realizar a distribuição de remuneração extraordinária aos acionistas, superando o dividendo mínimo legal obrigatório e/ou os valores estabelecidos nos parâmetros anteriores, desde que a sustentabilidade financeira seja preservada.

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