Para elevar a capacidade instalada do campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, de 410 mil para 590 mil barris diários de petróleo (bpd), a Petrobras (PETR4) iniciou a operação do navio-plataforma Duque de Caxias nesta quarta-feira (30), segundo comunicado.
O informe da Petrobras ao mercado detalhou que a unidade do tipo FPSO, que tem capacidade para produzir até 180 mil bpd e de comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás diariamente, integra o quarto sistema de produção de Mero e foi afretada junto à MISC.
Também chamado de Mero 3, o navio-plataforma Duque de Caxias terá 15 poços, sendo oito produtores de óleo e sete injetores de água e gás. Eles serão interligados à plataforma através de uma infraestrutura submarina.
O campo de Mero já tinha operações do FPSO Pioneiro de Libra e dos dois sistemas definitivos FPSO Guanabara (Mero 1) e FPSO Sepetiba (Mero 2), segundo o “InfoMoney”.
O bloco de Libra, onde está o campo de Mero, foi o primeiro a ser licitado sob regime de Partilha de produção no Brasil, em 2013.
A Petrobras tem 38,6% de participação no campo e opera em parceria com Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNOOC (9,65%), CNPC (9,65%) e a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), que além de gestora do contrato, atua como representante da União em área não contratada (3,5%).
Petrobras (PETR4): produção de petróleo deve crescer em 2025, diz CEO
A produção de petróleo da Petrobras (PETR4) deve crescer em 2025, impulsionada pela entrada em operação de novas plataformas ainda este ano. A previsão foi feita nesta terça-feira (29) pela presidente da estatal, Magda Chambriard, durante evento no Rio de Janeiro.
A executiva destacou as capacidades das plataformas FPSOs Almirante Tamandaré, com 225 mil barris por dia (bpd) no campo de Búzios, Duque de Caxias (180 mil bpd em Mero) e Maria Quitéria (100 mil bpd em Jubarte), como fatores que impulsionarão a produção da Petrobras (PETR4) em 2025.
Essas três unidades podem proporcionar, até 2026, um aumento de produção de até 500 mil bpd.
“Quando a gente coloca algo capaz de produzir 500 mil, estamos mitigando o declínio natural dos campos e entrando em ‘ramp up’ [fase de aumento gradual de produção]”, afirmou Magda, segundo o “InfoMoney”.
A Petrobras, no entanto, enfrenta o declínio natural de outros campos, o que pode afetar o aumento líquido da produção de petróleo.
“Com certeza, vamos aumentar a produção, mas não sabemos exatamente quanto. Mas estamos aqui para isso [aumentar a produção]”, completou Chambriard.