Análise do Jefferies

Petrobras (PETR4): Jefferies reduz projeções dos próximos anos

O relatório do banco indicou que o novo plano estratégico da Petrobras deve destacar o aumento de investimentos em petróleo e gás

Petrobras
Petrobras / Foto: Agência Petrobras

Em uma nova avaliação dos papéis da Petrobras (PETR4), o banco norte-americano Jefferies cortou o preço-alvo dos recibos de ação (ADRs) – negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) – para US$ 15,50, e reiterou a recomendação neutra. 

Sob liderança de Alejandro Demichelis, o relatório indicou que o novo plano estratégico da Petrobras, que será divulgado no fim do mês, deve destacar o aumento de investimentos em petróleo e gás.

“Isso vai levar a maiores trabalhos de exploração para ampliar as reservas da companhia e manter crescimento na produção além de 2030”, comentou o Jefferies

Porém, os planos da Petrobras podem esbarrar em gargalos de cadeia de produção. Os analistas apontaram que atrasos na fabricação de novas plataformas, pode causar queda na produção da estatal. 

Esses atrasos afetam o setor como um todo, mas além disso, a redução na produção de gás natural com a entrada de novas empresas também pressiona a petroleira, segundo o “Valor”.

As estimativas de Ebitda – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – da Petrobras pelo banco foram reduzidas para em torno de 2% entre 2024 e 2026, mantendo maior cautela com as ações, destacando que espera maior visibilidade sobre a estratégia da empresa.

Petrobras (PETR4): notícias sobre dividendos são especulativas

A Petrobras (PETR4) afirmou em comunicado ao mercado na sexta-feira (1) que o seu Plano Estratégico 2025-2029 está em elaboração, e que qualquer informação acerca do volume de investimento ou distribuição de dividendos “é meramente especulativa”.

Segundo a companhia, o plano com previsão de ser divulgado neste mês ainda “será submetido à aprovação dos órgãos colegiados conforme sistemática de governança da companhia e tempestivamente comunicado ao mercado”.

Em coletiva de imprensa em meados de outubro, o diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, afirmou a jornalistas que a companhia estava avaliando alterações relacionadas ao pagamento de dividendos extraordinários, no âmbito de seu plano estratégico para o período 2025-2029.

As alterações, segundo ele, poderiam contar com uma mudança no caixa mínimo de referência considerado atualmente pela petroleira, que hoje é de 8 bilhões de dólares.

Mudanças no caixa mínimo de referência, assim como possíveis variações dos investimentos previstos, podem se refletir nos volumes de dividendos a serem pagos, mas o diretor não deu detalhes sobre o tema e nem disse se o caixa de referência poderia ser elevado ou reduzido.

Na coletiva, Melgarejo também não deu previsões se os investimentos da Petrobras poderiam crescer ou não no próximo plano estratégico.