Petrobras (PETR4) levanta R$ 3 bilhões com emissão de notas 

A emissão foi a maior desse tipo feita no Brasil, segundo fato relevante

A Petrobras (PETR4) divulgou, nesta sexta-feira (16), que levantou R$ 3 bilhões com a primeira emissão de notas comerciais escriturais da companhia. A emissão foi a maior desse tipo feita no Brasil, segundo fato relevante. 

A liquidação da operação terminou na última quinta-feira (15), contou com a participação de 26 investidores profissionais e com 3,8 bilhões de reais. A operação realizada abre “com sucesso, nova alternativa de captação doméstica para a Petrobras”, segundo a companhia, em comunicado.

Primeira emissão de notas comerciais escriturais da Petrobras

A Petrobras aprovou a 1ª emissão de notas comerciais escriturais em 18 de agosto de 2022, no valor de até R$ 3 bilhões. No período, os recursos captados seriam utilizados para reforço de caixa, a fim de usá-lo no curso ordinário dos negócios da empresa, segundo a diretoria executiva da companhia.

A companhia detalhou que, as notas, que eram sem garantia real e fidejussória, seriam emitidas em um processo de até duas séries, como objeto de distribuição pública, com esforços restritos de distribuição, e sob regime misto de 
garantia firme e de melhores esforços de colocação, segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

A emissão da Petrobras seria composta por até 3 milhões de notas comerciais escriturais, com valor nominal unitário de R$ 1 mil. A também empresa destacou que as notas da primeira série teriam um prazo de vigência de 2.741 dias.

O prazo seria contado a partir da data de emissão, 25 de agosto de 2022. Assim, a data de vencimento seria 25 de fevereiro de 2030, já que as notas que compõem a segunda série teriam um prazo de vigência de 3.653 dias. Nesse caso, o vencimento será em 25 de agosto de 2032.

Também seria admitida a distribuição parcial das notas, desde que houvesse a colocação de pelo menos R$ 2 bilhões, conforme comunicado no anúncio da 1ª emissão de notas comerciais escriturais da companhia. 

A petroleira destacou que se o montante mínimo não fosse alcançado, e assim, não sendo distribuída a totalidade das notas comerciais escriturais até o final do prazo de colocação, essas notas que não tivessem sido colocadas junto aos investidores profissionais no âmbito da oferta, seriam canceladas, embora não tenha ocorrido isso nessa emissão. 

As notas da primeira série teriam uma sobretaxa, que seria definida no bookbuilding, com o limite de 1,65% ao ano. Enquanto as notas da segunda série da Petrobras teriam um spread máximo de 1,90% ao ano.