A Petrobras (PETR3;PETR4) atingiu neste mês de outubro seu maior valor de mercado da história. Por volta das 14:00 (de Brasília) desta sexta-feira (21), os papéis PETR3 avançavam 3,76%, negociados a R$ 41,73, e as ações PETR4 saltavam 3,95%, a R$ 37,98. Com isso, a petroleira atingiu R$ 530,16 bilhões.
A alta da estatal está relacionada à recuperação do petróleo e percepção do mercado financeiro de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está avançando na corrida eleitoral a poucos dias do pleito. Integrantes do governo Bolsonaro, como o ministro da Economia Paulo Guedes, já defenderam a privatização da Petrobras.
O maior valor de mercado atingido pela empresa foi em 2008, no dia 22 de maio, quando chegou a R$ 510 bilhões.
Por volta das 15:35 (de Brasília), as ações PETR3 subiam 4,21%, cotadas a R$ 41,88, e os papéis PETR4 valorizavam 4,00%, cotados a R$ 37,93. A Petrobras acumula alta de mais de 10% na semana.
Petrobras (PETR4) volta a contratar companhias alvo da Lava-Jato
Empresas que prestavam serviços à Petrobras (PETR3;PETR4) e que foram impedidas, desde 2014, de fechar novos contratos com a estatal por envolvimento em casos de corrupção investigados pela Lava-Jato estão voltando a se relacionar de forma comercial com a petroleira. No entanto, nem todas conseguiram fechar contratos de bens e serviços até o momento, segundo informações do jornal “Valor Econômico”.
A SBM, com sede na Holanda, tem contrato com a Petrobras para entregar até 2023 uma plataforma para o campo de Mero, na Bacia de Santos. Na Lava-Jato, a empresa foi acusada de mal feitos pelo Ministério Público Federal (MPF) e teve que fazer acordo de leniência, que funciona como uma delação premiada para pessoas jurídicas que admitem irregularidades com o governo, com o poder público.
A brasileira Camargo Corrêa também foi readmitida, em 2020, aos fornecedores aptos a negociar com a Petrobras, mas ainda não assinou novos contratos.
Já a Nova Participações, ex-Engevix, retornou à base de fornecedores da estatal, mas ainda é considerada de risco elevado, classificação que impede o fechamento de contratos com a Petrobras. Segundo o “Valor”, a companhia pediu à estatal recentemente que reavaliasse o grau de risco.
Desde 2015, a Petrobras atribui um grau de risco (GRI) às empresas com as quais tem relação comercial. As companhias de GRI baixo e médio estão aptas a participar das concorrências para fechar contratos com a petroleira.