As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) receberam recomendação de compra do Morgan Stanley. O banco norte-americano ainda estipulou um preço-alvo de US$ 16,50 para os ADRs (recibo de ações) da estatal.
Na avaliação do Morgan Stanley, há espaço para que a Petrobras tenha um fluxo de caixa livre de US$ 23 bilhões em 2023, com rendimento de 30%, visto que as mudanças promovidas pelo governo Lula na companhia foram menos agressivas do que o esperado.
Em relatório, os analistas da instituição financeira ainda destacaram que preços mais baixos do petróleo e um real mais forte contribuem para a natureza defensiva da ação. Além disso, o Morgan Stanley defendeu os dividendos da petroleira.
“Também somos da opinião que manter um fluxo saudável de dividendos é a solução mais fácil para o governo do Brasil se beneficiar da forte geração de caixa da Petrobras em 2023”, escreveu o banco norte-americano.
Apesar do otimismo, o Morgan Stanley tem um múltiplo-alvo de 3x, o que representa um desconto de 27% para as principais ações do setor de petróleo, o que é bastante conservador.
“Em nossos cálculos, o dividend yield implícito diminuiria para cerca de 12%, o que acreditamos ainda ser um prêmio razoável em relação aos pares internacionais”, pontuou o Morgan Stanley sobre a Petrobras.
Braskem (BRKM5): Novonor e Petrobras negam venda de participações
A Braskem (BRKM5) publicou na noite de terça-feira (6) respostas de seus acionistas Novonor e Petrobras (PETR4) sobre eventuais tratativas para venda de suas participações na petroquímica para um grupo formado pela estatal de petróleo de Abu Dhabi, Adnoc, e pela norte-americana Apollo. As informações são da “Reuters”.
As empresas reiteraram que não houve mudanças nas discussões sobre a possível venda de suas participações na principal petroquímica da América Latina, de acordo com comunicado da Braskem em resposta aos questionamentos da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Essa posição reafirma os posicionamentos anteriores das empresas sobre o assunto.
“A Novonor informa que, desde nossas últimas manifestações e até o presente momento, não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados que implique em evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo junto aos cinco bancos detentores da alienação fiduciária de sua participação indireta na Braskem”, afirmou o grupo anteriormente conhecido como Odebrecht.
A Novonor também afirmou que “não esteve reunida com representantes da Apollo/ADNOC no Brasil na semana passada”.
Por sua vez, a Petrobras reafirmou à Braskem que chegou a se reunir com executivos da Apollo e Adnoc, mas que “não está conduzindo nenhuma estruturação de operação de venda no mercado privado e que não houve qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem”.