Petrobras (PETR4): multinacionais devolverão R$ 1 bi por crimes

Duas multinacionais assinaram acordos de leniência com o MPF após crimes na Petrobras

Após praticarem atos ilícitos na Petrobras (PETR3;PETR4), as multinacionais UOP LLC e Keppel Offshore & Marine assinaram acordos de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU). As multinacionais irão devolver quase R$ 1 bilhão por causa dos crimes.

A Keppel irá pagar R$ 343,5 milhões aos cofres da União. A empresa reconheceu que um ex-consultor no País teria pago propinas, entre 2001 e 2014, em troca de contratos com a Petrobras.

“Além da colaboração com as informações que detém sobre os atos ilícitos, a companhia se comprometeu a manter a colaboração com as investigações e a aperfeiçoar seu programa de integridade”, afirmou o comunicado divulgado pela CGU.

Já o acordo com a UOP LLC prevê o pagamento de R$ 456,3 milhões diretamente à petroleira, a título de reparação de danos e devolução de lucros, e de mais R$ 181,7 milhões em multas, que irão para o caixa da União.

“Por meio do acordo, a empresa se comprometeu a colaborar de forma ampla e integral com as investigações, fornecer provas, promover o ressarcimento de valores e pagar multas em relação a crimes e infrações cometidas no Brasil e nos EUA. As autoridades reconheceram a qualidade do programa de conformidade da empresa, que se comprometeu a continuar a aprimorá-lo”, informou o MPF.

Nesta terça-feira (20), por volta das 14:25 (de Brasília), as ações da Petrobras apresentavam valorização. O papel PETR3 avançava 2,15%, cotado a R$ 26,10. Já a ação PETR4 subia 2,90%, cotada a R$ 23,03. 

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Petrobras (PETR4) arremata 3 blocos em leilão da ANP

A Petrobras (PETR4) informou, na última sexta-feira (16), que arrematou três blocos de exploração de petróleo em um leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A operação está em linha com a estratégia da companhia de explorar águas profundas e ultraprofundas.

“A participação está alinhada à estratégia de longo prazo da companhia e fortalece o perfil da Petrobras de principal operadora de campos de petróleo localizados em águas profundas e ultraprofundas”, informou a Petrobras em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Petrobras pagará um bônus de R$ 729 milhões para explorar o bloco Sudoeste do Sagitário, localizado na Bacia de Santos, e os conjuntos de Água Marinha e Norte da Brava, em Campos.

A exploração do bloco Sudoeste de Sagitário será em parceria com a Shell Brasil. Neste caso, a Petrobras será a operadora, com participação majoritária de 60% e a Shell Brasil com 40%.

O bloco Norte da Brava foi o único adquirido de forma integral pela petroleira estatal. No conjunto Água Marinha, o consórcio para aquisição reuniu Total Energies EP, Petronas e QatarEnergy. Petrobras é a operadora com 30%. Total Energies EP também ficou com 30%, enquanto Petronas e QatarEnergy ficaram com 20%, respectivamente.