A Petrobras (PETR3/PETR4) pagará, nesta quarta-feira (31), a primeira parcela dos dividendos da companhia, o que equivale a uma distribuição de R$ 87,8 bilhões em proventos aos acionistas.
A primeira parcela será de R$ 3,366 por ação preferencial e ordinária, sendo R$ 2,938 equivalente a dividendos e R$ 0,427 equivalente a JCP (juros sobre capital próprio). Vale informar que o JPC sofre um desconto de 15% do imposto de renda direto na fonte.
Já a segunda parcela, com data de pagamento 20 de setembro, será de R$ 3,366 por ação, totalmente equivalente a dividendos.
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A data de corte é 11 de agosto e os pagamentos são referentes aos resultados do 2T22, nos quais a Petrobras obteve um lucro líquido de R$ 54,3 bilhões, registrando uma alta de 26,7% em relação ao 2T21.
O lucro, impulsionado pela alta no preço do petróleo, que disparou no segundo trimestre, ficou acima da expectativa dos analistas, na casa dos R$ 40 bilhões.
Petrobras (PETR4): conselheira classifica dividendos como “indefensável”
Rosangela Buzanelli, representante dos empregados da Petrobras (PETR4) no Conselho de Administração da companhia, classificou como “indefensável” o volume aprovado a ser pago como dividendos, segundo informações do “Globo”.
De acordo com a agência, a conselheira votou contra o pagamento recorde. Em sua página na internet, contudo, explicou que não é contrária à distribuição de dividendos, mas não está de acordo com o volume aprovado pelo colegiado no último dia 28.
Petrobras (PETR4): dividendo irá pagar conta do Auxílio Brasil a R$ 600
O valor R$ 87,8 bilhões servirá para quitar a conta da PEC Eleitoral, que aumenta o Auxílio Brasil para R$ 600, além de outros benefícios.
Para chegar nessa cifra, a Petrobras está antecipando os ganhos que compartilharia com os acionistas neste ano. Nos cálculos da petroleira, do total a ser distribuído, R$ 32,1 bilhões serão repassados ao governo, incluindo União e BNDES.
Especificamente para o Tesouro serão destinados R$ 25,2 bilhões, valor mais do que suficiente para superar o que esperavam receber de estatais, sanar as contas da PEC Eleitoral e ainda sobrar algum recurso em caixa.
Mesmo considerando recursos da privatização da Eletrobras, além de dividendos do BNDES referentes a 2020 e 2021, ainda restavam cerca de R$ 14 bilhões para fechar a conta. Com o valor repassado pela Petrobras (PETR4), o governo equaciona as necessidades com folga.
