Petrobras (PETR4) pede ao Ibama licença para exploração na Foz do Amazonas

Na semana passado, o Ibama negou o pedido da estatal para perfuração de poço na Bacia da Foz do Rio Amazonas

A Petrobras (PETR3; PETR4) apresentou mais uma vez, na última quinta-feira (25), pedido ao Ibama de retomada do processo de licenciamento para perfuração de um poço no bloco FZA-M-059, localizado a 560 km de distância da Foz do Amazonas.

Sendo assim, a Petrobras anseia que o órgão ambiental reconsidere o indeferimento da licença. 

Nesse sentido, a estatal reforça ao Ibama, em carta, que compreende o momento atual do Instituto, que enfrenta uma recente mudança de gestão, demandando a reformulação de seus processos e apresentação de novas exigências para atender às prioridades definidas pelo governo federal. 

Desse modo, a estatal fornece todas as informações necessárias para certificar que os planos apresentados no licenciamento ambiental são suficientes para reduzir os riscos da perfuração e atuar em caso de acidente ambiental.

A estatal também se comprometeu em garantir 12 embarcações, ao todo. Sendo assim, duas ficarão de prontidão ao lado da sonda para fazer o recolhimento imediato do óleo eventualmente vazado.

“A estrutura de resposta à emergência apresentada pela Petrobras neste projeto é a maior dimensionada pela empresa no país, maior inclusive do que as existentes nas bacias de Campos e Santos”, afirmou a estatal em nota.

À vista disso, através do pedido de retomada do licenciamento, a Petrobras cobra do Ibama um posicionamento referente às melhorias apresentadas pela companhia.

Além disso, com validação do Ibama, a estatal espera seja designada data para realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), para comprovar em campo sua capacidade de resposta a uma situação emergencial que porventura venha a ocorrer na atividade de perfuração exploratória.

Petrobras na Margem Equatorial

O presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, afirmou no último sábado (20) que a estatal considera investir na exploração de áreas da chamada Margem Equatorial, que pertencem à Guiana e ao Suriname.

A declaração do executivo surge após o Ibama não conceder licença para que a petroleira inicie a perfuração do primeiro poço na Foz do Amazonas para pesquisar reservas de petróleo.

Em entrevista ao “Estadão”, Prates revelou que ainda fará esforços para obter a licença do Ibama para os planos na Foz do Amazonas, mas informou que já tem um plano de desmobilização da sonda e dos equipamentos mobilizados pela companhia para a região.

Entretanto, o executivo da Petrobras indicou ao “Estadão” que a empresa pode participar de prospecções na Guiana e no Suriname, países que também têm áreas com potencial petrolífero na chamada Margem Equatorial.