Desde o dia 21 de outubro até a última quarta-feira (14), a Petrobras (PETR3;PETR4) perdeu praticamente uma Ambev (ABEV3) em valor de mercado, segundo levantamento do TradeMap. Em números, a petroleira perdeu, no período, R$ 219,6 bilhões.
No 21 de outubro, o valor de mercado da Petrobras atingiu seu pico, de R$ 520,6 bilhões
A pesquisa também apontou que na quarta-feira, quando os papéis da Petrobras despencaram quase 10%, a empresa passou a valer R$ 301 bilhões em valor de mercado. Ainda, apenas neste dia, o valor de mercado da empresa teve queda de R$ 30 bilhões no pregão, o equivalente a uma Hapvida (HAPV3), como apontou o levantamento do TradeMap.
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) lideraram as perdas da quarta-feira no Ibovespa, encerrando o pregão com um recuo de 9,8%. Esta foi a segunda maior queda dos papéis desde o dia 22 de fevereiro deste ano, quando foi anunciada a saída de Roberto Castelo Branco da presidência da empresa. Na ocasião, o papel caiu 20,48%.
Já as ações preferenciais (PETR4) recuaram 7,9%. O Ibovespa, na mesma data, avançou 0,20%.
A queda forte da estatal na Bolsa foi impulsionada pela decisão da Câmara dos Deputados, que aprovou o projeto de lei que flexibiliza a Lei das Estatais, facilitando as indicações políticas para a direção das companhias estatais.
BBI cortou preço-alvo da Petrobras em 50%
Após a divulgação de notícias negativas para a companhia nacional, o Bradesco BBI cortou em 51% o preço-alvo para os papéis da Petrobras (PETR4), de R$ 53 para R$ 26. No caso das ADRs, a redução foi de 50%, saindo de US$ 20 para US$ 10. Com isso, em relatório, divulgado nesta terça-feira (13), o banco mudou a recomendação tanto das ações como dos ADRs da petroleira de compra para neutra.
Segundo os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka, do Bradesco BBI, o fluxo de notícias sobre a tese de investimento “continua se deteriorando a cada dia”.
Para o banco, a possibilidade de ajustes na Lei das Estatais caiu como “um balde de água fria” na tese de investimentos. Somado a isso, informações divulgadas na imprensa sobre possíveis mudanças nas política dos preços de combustíveis, de dividendos e de novos investimentos também influenciaram nas decisões dos analistas.
Por volta das 16h (horário de Brasília) desta quinta-feira (15), as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) operavam em alta de 1,03% e 0,79%, respectivamente.