De acordo com banco

Petrobras (PETR4) pode aumentar preço do diesel em 4%

A presidente da estatal, Magda Chambriard, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a companhia deverá reajustar o preço do diesel

Petrobras
Petrobras / Foto: Divulgação

O Santander disse nesta terça-feira (28) que a Petrobras (PETR4) pode elevar os preços do diesel em cerca de 4%, o que reduziria o desconto atual em relação aos IPP (preços de paridade de importação, da sigla em inglês).

Hoje (28), o desconto está em torno de 13%, menor do que os 20% registrados há uma semana, mas ainda distante dos 5% observados no início de 2024, destacou o banco em relatório assinado.

A presidente da estatal, Magda Chambriard, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a companhia deverá reajustar o preço do diesel nas próximas semanas, segundo reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo.

Aumento deve restaurar a lucratividade

Para o Santander, o aumento do preço do diesel deve reestruturar a lucratividade do segmento de refino, melhorar a confiança dos investidores e reforçar a percepção de governança.

O banco reiterou a recomendação de compra para as ações da Petrobras, destacando a empresa como sua principal aposta na América Latina. 

De acordo com os analistas da instituição, um aumento nos preços dos combustíveis será um importante catalisador para os papeis da estatal. 

Petrobras (PETR4) pode reajustar preços em breve, aponta BTG

Na avaliação do BTG Pactual (BPAC11), o principal gatilho para que a Petrobras (PETR4) realize um reajuste de preços dos combustíveis nas próximas semanas pode ser o aumento no risco de escassez do material. O movimento pode ocorrer mesmo que manter os preços nos patamares atuais não traga impactos negativos aos seus resultados, dizem os analistas.

A defasagem nos preços da gasolina está em 11%, quando comparado com os valores praticados no mercado internacional, alertaram os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez. Enquanto isso, a defasagem do diesel está em 18%, a maior diferença desde a adoção do novo modelo de precificação de combustíveis em 2023.

Para o BTG, o modelo atual destrói valor para a Petrobras, pois a retomada da adoção da paridade internacional ajudaria na geração de caixa. No entanto, as variações do barril de petróleo é o principal gatilho dos resultados da companhia, ao passo que sua alta recente acaba compensando o valor perdido nos combustíveis.