Combustíveis

Petrobras (PETR4) pode reajustar preços em breve, aponta BTG

A defasagem nos preços da gasolina da Petrobras está em 11%, quando comparado com os valores praticados no mercado internacional

Foto: Divulgação
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Na avaliação do BTG Pactual (BPAC11), o principal gatilho para que a Petrobras (PETR4) realize um reajuste de preços dos combustíveis nas próximas semanas pode ser o aumento no risco de escassez do material. O movimento pode ocorrer mesmo que manter os preços nos patamares atuais não traga impactos negativos aos seus resultados, dizem os analistas.

A defasagem nos preços da gasolina está em 11%, quando comparado com os valores praticados no mercado internacional, alertaram os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez. Enquanto isso, a defasagem do diesel está em 18%, a maior diferença desde a adoção do novo modelo de precificação de combustíveis em 2023.

Para o BTG, o modelo atual destrói valor para a Petrobras, pois a retomada da adoção da paridade internacional ajudaria na geração de caixa. No entanto, as variações do barril de petróleo é o principal gatilho dos resultados da companhia, ao passo que sua alta recente acaba compensando o valor perdido nos combustíveis.

Todavia, o BTG Pactual também vê que o principal impacto de deixar os preços muito fora da paridade internacional é o risco de escassez, pelo fato do Brasil depender de importações para atender à demanda, em especial de diesel, o que torna a necessidade de reajustes importante para equilibrar o mercado.

A equipe do BTG Pactual tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 20 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), o que representa um potencial de alta de 45,8% sobre o fechamento de terça-feira (21).

Petrobrás (PETR4) figura em top pick do BTG (BPAC11) com dividendos robustos

A petroleira Petrobrás (PETR4) continua top pick na cobertura do BTG (BPAC11), diante de dividendos robustos que mais do que compensariam os riscos.

O banco reforça que acredita nos mecanismos de governança corporativa da empresa, mas alerta que a tese estaria em risco se houvesse mudança nesta direção, de acordo com relatório publicado nesta quarta-feira (22).

A indicação do BTG é de compra, com preço alvo de US$20 para American Depositary Receipts (ADRs). Os rendimentos de dividendos devem chegar a 12% em 2025, segundo o banco, que estima 14% considerando os dividendos extraordinário, as informações foram apuradas pelo portal Investing.

O percentual representa uma assimetria positiva frente às projeções de preços do petróleo, câmbio e produção, segundo o banco, que enxerga ainda um “perfil mix de produção que deverá melhorar até 2030 e aumentar os ROIC da empresa”.

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