Aquisição

Petrobras (PETR4) pode recomprar 100% da refinaria de Mataripe

O plano da Petrobras é ser majoritária na refinaria, diz apuração do "Valor"

Foto: Agência Petrobras
Foto: Agência Petrobras

A Petrobras (PETR4) pode recomprar a fatia total na refinaria de Mataripe (BA). No entanto, para que seja concluída, a operação depende de decisões como o modelo de operação e o valor da operação, conforme apuração do “Valor”.

As decisões em questão seguem em aberto, sem prazo decidido, disseram fontes. A FUP informou a entidade que a auditoria do negócio foi concluída, mas a apuração mostra que o processo segue em andamento. 

A auditoria tem expectativa de transferência integral do controle da antiga refinaria Landulpho Alves. 

O plano da Petrobras é ser majoritária na refinaria, porém, oficialmente, o que se diz é que a participação acionária ainda não está fechada, segundo o veículo. 

Projetava-se, inicialmente, que a Petrobras compraria uma fatia de 80% da refinaria, mas há espaço para fechar uma oferta de até 100%.

A perspectiva era de que o tema estivesse na pauta da reunião do Conselho de Administração desta sexta-feira (26), o que não ocorreu. 

Decisão do Cade favorece negócio com refinaria

A reentrada da petroleira na unidade da Bahia ganhou força após a decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em maio, que reviu as bases do termo de compromisso firmado com a estatal, em 2016, no setor de refino. 

A partir de então, a Petrobras ficou liberada para adquirir 100% da participação na refinaria. Se isto ocorrer, o grupo Mabadala Capital, dono da Acelen, saíria do negócio, cuja compra em 2021 custou US$ 1,65 bilhão. 

A chave para o desfecho da transação é o valor da compra. O Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), ligado à FUP, calculou, na época do anúncio de venda da refinaria, indicavam um preço entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. 

A Petrobras ainda não chegou na etapa de cálculo do valor real do ativo, o “valuation”, de acordo com o veículo de notícias.

“O valor de compra continua em negociação e considera o repasse de 100% do controle, conforme interesse também do grupo árabe”, disse a FUP em comunicado.

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