Indicado para a presidência da Petrobras (PETR3;PETR4), o senador Jean Paul Prates (PT-RN) tem realizado algumas reuniões nesta semana com diferentes alas do PT para fechar sua lista de indicados para a diretoria da estatal. As informações são da agência “Reuters”.
De acordo com a agência, Prates também vem conversando com integrantes do mercado e acadêmicos, em busca de indicações para compor a diretoria da empresa.
As reuniões apontam que o PT terá a palavra final sobre a escolha dos diretores da Petrobras. Partidos como o PCdoB e do chamado Centrão também gostariam de emplacar nomes.
Todos os nomes precisarão ser respaldados politicamente, num primeiro momento, e pelo Conselho de Administração, num segundo momento, após passarem pelo crivo da governança interna da Petrobras.
Petrobras (PETR4): petroleiros querem barrar megadividendos
A Federação Única de Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) tentaram entrar com novas medidas judiciais e administrativas para suspender o pagamento de dividendos da Petrobras (PETR3;PETR4), no valor de R$ 22 bilhões. O pagamento estava previsto para a última quinta-feira (19).
Em nota, a FUP informou que, juntamente a Anapetro, iriam encaminhar ofício à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), contestando a operação, além de acionar novamente a Justiça Federal do Rio de Janeiro.
“Vamos reforçar o pedido de liminar à ação que está em curso na Justiça Federal do Rio de Janeiro, para que seja concedida, com urgência, medida barrando o pagamento”, explicou, em comunicado, o advogado Angelo Remédio, da Advocacia Garcez, que representa FUP e Anapetro no processo.
As novas medidas se somaram às iniciativas tomadas pelo advogado ainda em novembro do ano passado, contra pagamentos de dividendos efetuados em 2022: representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público de Contas, além de denúncia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Procuradoria Geral da República (PGR).
A nota também apontou que o Grupo de Trabalho de Minas e Energia do governo de transição pediu à gestão da Petrobras, no ano passado, a suspensão dos pagamentos de dividendos. Na avaliação da FUP, Qualquer decisão sobre dividendos deveria caber à futura administração da empresa, “já considerando as diretrizes de um novo controlador”, conforme apontou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, no comunicado.