Petrobras (PETR4): preço-alvo é cortado em 50%; entenda

Banco mudou a recomendação tanto das ações como dos ADRs da Petrobras de compra para neutra

Após a divulgação de notícias negativas para a companhia nacional, o Bradesco BBI cortou em 51% o preço-alvo para os papéis da Petrobras (PETR4), de R$ 53 para R$ 26. No caso das ADRs, a redução foi de 50%, saindo de US$ 20 para US$ 10. Com isso, em relatório, divulgado nesta terça-feira (13), o banco mudou a recomendação tanto das ações como dos ADRs da petroleira de compra para neutra.

Segundo os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka, do Bradesco BBI, o fluxo de notícias sobre a tese de investimento “continua se deteriorando a cada dia”.

Para o banco, a possibilidade de ajustes na Lei das Estatais caiu como “um balde de água fria” na tese de investimentos. Somado a isso, informações divulgadas na imprensa sobre possíveis mudanças nas política dos preços de combustíveis, de dividendos e de novos investimentos também influenciaram nas decisões dos analistas. 

Com isso, na visão do banco, a suposta mudança na Lei das Estatais seria muito negativa não apenas para a Petrobras, como para as empresas públicas no País.

“Se confirmado, isso seria um sinal muito negativo para a governança geral no Brasil, uma vez que a lei implantada durante o governo de Michel Temer garante diversos pontos de maior governança, incluindo a nomeação de gerentes com formação técnica (não política) na Petrobras”, disseram os analistas do BBI.

Para Falanga e Sadka, os papéis da Petrobras estão baratos quando analisados perante indicadores como o preço sobre o lucro e o Ebitda, mas não o suficiente. No mercado local, o BBI prefere as ações da Petrorio (PRIO3) e da 3R Petroleum (RRRP3).

Mercadante é cotado para assumir Petrobras ou BNDES

Nesta semana, Aloizio Mercadante se tornou um nome forte para ocupar a presidência da Petrobras, segundo Lauro Jardim, do “O Globo”.  

A coluna ainda salientou que o ex-ministro também é cotado no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas a possibilidade de “comandar a maior estatal da América Latina é mais forte”. 

Nesta terça-feira (13), por volta das 13h10 (horário de Brasília), os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) caíam 0,59% e 1,42%.