A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta quarta-feira (22) uma redução do preço de venda do diesel para as distribuidoras. O preço-médio passará de R$ 4,02 para R$ 3,84 por litro, uma redução de 4,47%. As mudanças começarão a valer a partir da próxima quinta-feira (23).
“Essa redução tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da Petrobras frente às principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino”, escreveu a Petrobras em comunicado à imprensa.
O corte do preço do diesel acompanha a queda nos preços do barril de petróleo no mercado internacional. Nesta semana, os preços do petróleo chegaram ao seu nível mais baixo em quase 15 meses, afetados pela crise bancária nos EUA.
Nesta quarta-feira, por volta das 15:00 (de Brasília), as ações da Petrobras recuavam. O papel PETR3 recuava 0,53%, cotado a R$ 26,17, enquanto a ação PETR4 desvalorizava 0,38%.
Petroleiros anunciam paralisação para a próxima sexta (24)
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos aprovaram na última sexta-feira (17) calendário de assembleias para avaliar uma possível greve da categoria, contra a retomada do processo de privatização, encaminhado pela diretoria executiva ao Conselho de Administração (CA) da Petrobras (PETR3;PETR4). Em paralelo, a categoria já aprovou e organiza uma paralisação nacional no início do expediente prevista para acontecer na próxima sexta-feira (24).
A decisão da diretoria executiva, publicada na sexta, prevê prosseguir com a venda dos projetos que já tiveram pré contrato assinado: Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim (ES), Polos Pescada e Potiguar (RN) e Lubnor (CE). O documento enviado pela diretoria ao Conselho acontece duas semanas após ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) pedindo à Petrobrás a suspensão, por 90 dias, da venda de ativos da petroleira, para análise e reavaliação.
Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, disse que a deliberação rápida da diretoria da Petrobrás vai contra o projeto eleito de descontinuidade do “desmonte”. “É inadmissível que profissionais alinhados ao governo anterior sigam entranhados na gestão da empresa, inviabilizando e boicotando o programa de governo que foi aprovado nas urnas”, disse.