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Petrobras (PETR4) reduzirá preço de gás natural em 1,41% em novembro

O reajuste passará a valer a partir de 1º de novembro, mas o preço final do gás não pe definido apenas por essa vertente, disse a Petrobras

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em comunicado divulgado nesta terça-feira (15), a Petrobras (PETR4) informou a redução de 1,41% nos preços de venda da molécula de gás, em relação ao 3º trimestre. O reajuste passará a valer a partir de 1º de novembro.

A Petrobras deu enfatizou que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia. Além disso, explicou a empresa, são levados em conta custo do transporte até a distribuidora, portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens e tributos federais e estaduais.

Em paralelo a isso, a empresa destacou também que as tarifas ao consumidor são aprovadas por agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas.

A companhia ressaltou, também, que a atualização anunciada para 1º de novembro não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.

Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás, disse a Petrobras no comunicado. 

A vinculação dessa variação é com as oscilações do petróleo Brent e a taxa de câmbio R$/US$. Conforme indicado pela companhia, a referência do petróleo caiu 7,43% e o câmbio teve apreciação de 5,45%, para o trimestre que se inicia em novembro de 2024.

No comunicado sobre a decisão, a Petrobras apresentou um histórico sobre o panorama de preços no setor. Desde dezembro de 2022, informou a empresa, o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula redução da ordem de 18%, incluindo os efeitos da redução de 1,4% de novembro.

Uma nova carteira comercial composta por “produtos mais competitivos”, segundo a Petrobras, foi aprovada este mês, para fornecimento de volumes contratados para 2025 em diante.

Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, afirmou em nota que é um objetivo da Petrobras “oferecer preços de gás natural competitivos para os consumidores, a fim de aumentar a demanda de gás, um insumo importante para a transição energética por emitir menos CO2”. 

“Estamos trabalhando para isso. Aprovamos um prêmio de incentivo à demanda para compromissos acima do mínimo já estabelecido e, só este ano, fechamos contratos com volume de 20 milhões de m³/dia com as distribuidoras”, acrescentou o executivo.

A Petrobras destacou também a aprovação, para todos os clientes contratados, de “um novo mecanismo de incentivo à demanda, com preço mais de 10% inferior aos preços atuais para consumos acima do compromisso mínimo, o que permitirá ao cliente pagar menos pelo gás, de acordo com seu consumo”.

Petrobras (PETR4) pede mais prazo à ANP para explorar Margem Equatorial

Petrobras (PETR4) entrou com um pedido na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para tentar sustentar o prazo para realizar a exploração na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial

Sílvia dos Anjos, diretora executiva de Exploração e Produção da Petrobras, afirmou que a medida foi necessária porque ainda não o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) não concluiu a permissão para que a petroleira começasse os trabalhos no primeiro poço na região. 

Para poder seguir com a possibilidade de explorar a área, foi necessário paralisar a contagem do tempo.

“Nós temos um prazo da concessão, se não tem a licença, o prazo corre. Tem então que postergar por conta de ainda não ter conseguido ainda a licença. Esse bloco foi adquirido em 2013, claramente a gente já passou e teve que fazer as renovações. Toda vez que não tem a licença, automaticamente solicita e a ANP dá o prazo adicional. Nós solicitamos e vai ser dado, apenas suspende. Para de contar o relógio”, explicou a diretora.

Sílvia disse ainda, segundo o “InfoMoney”,que a Petrobras vai furar o poço, “mas para avaliar o sistema petrolífero, será preciso ter mais poços para fazer uma avaliação correta da área”.

“A gente estava com uma sonda em janeiro do ano passado lá e já poderíamos estar hoje com uma avaliação do potencial petrolífero da região. Isso descortinaria um novo horizonte”, pontuou.