O diretor de exploração e produção da Petrobras (PETR3;PETR4), Fernando Borges, afirmou, na manhã desta sexta-feira (14), que a estatal tem demorado em repassar o aumento internacional do barril de petróleo aos preços finais dos combustíveis no País.
“Estamos beneficiando a sociedade brasileira ao repassar mais amiúde redução e demorar um pouco para repassar a subida de preços. Quanto se escutou: ‘cadê a contribuição da Petrobras?’. Na medida do possível, essa contribuição tem sido feita, dentro da ‘banda’ [de preços] com que trabalhamos”, relatou em live da agência especializada “Epbr”.
Borges ainda afirmou que a petroleira está seguindo e respeitando os preços do mercado, visto que o Brasil depois das importações.
“Temos a responsabilidade de conduzir a companhia respeitando o parâmetro de preços de mercado, para não causar perturbações, uma vez que o país depende de importações, e também para não ter prejuízos, considerando que somos uma companhia de capital aberto. Na nossa visão, considerando a banda de variações [de preços] com que trabalhamos, estamos seguindo preços de mercado”, afirmou.
Com a queda do barril de petróleo Brent no mercado internacional, a Petrobras promoveu cortes nos preços de combustíveis entre julho e setembro, período que coincidiu com a campanha eleitoral.
Apesar disso, nas últimas semanas, a commodity voltou a subir no exterior, mas a Petrobras ainda não realizou novos aumentos nos combustíveis. De acordo com cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), pode haver uma defasagem que pode passar dos dois dígitos para gasolina e diesel.
Nesta sexta-feira, as ações da Petrobras caíram. O papel PETR3 desvalorizou 1,87%, cotado a R$ 37,18. A ação PETR4 também teve queda, caindo 1,47%, cotada a R$ 33,44.
Petrobras (PETR4) reduz preço do gás natural em 5%
A Petrobras (PETR3;PETR4) informou, na última segunda-feira (10), que irá reduzir, a partir de 1º de novembro, o preço do gás natural vendido às distribuidoras. A queda será de 5% em relação aos contratos para o trimestre imediatamente anterior, de agosto a outubro.
A atualização nos preços é válida para o gás natural transportado e distribuído por dutos. A redução não se aplica ao gás liquefeito de petróleo (GLP), o famoso “gás de cozinha”.
Segundo a petroleira, a redução segue os contratos acordados pela empresa com as distribuidoras, que preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
A estatal ainda ressaltou que o preço final do gás natural ao consumidor é composto por tributos estaduais e federais, além das margens das distribuidoras e dos postos de revenda.
“A atualização trimestral do preço do gás natural e anual para o transporte do produto permite atenuar volatilidades momentâneas e aliviar, no preço final, o impacto de oscilações bruscas e pontuais no mercado externo, assegurando, desta forma, previsibilidade e transparência aos clientes”, escreveu a Petrobras.