Em uma análise recente, o banco Santander (SANB11) se mostrou mais confiante de que a Petrobras (PETR4) possa fazer algumas manobras a partir de seu plano estratégico de cinco anos, que deve ser divulgado no final de novembro/início de dezembro. Uma delas seria aumentar seu teto de dívida bruta do nível atual de US$ 65 bilhões.
O plano estratégico da Petrobras pode apresentar algumas mudanças significativas, segundo o Santander. Tais que darão à administração mais margem de manobra em termos de estrutura de capital.
Além disso, os investidores podem ter mais visibilidade sobre a capacidade da empresa de continuar pagando dividendos extraordinários em 2025.
O aumento do teto da dívida não é o único fato que pode decorrer do novo plano, ele também pode dar mais clareza sobre sua posição mínima de caixa, que para o Santander deve ser inferior a US$ 8 bilhões.
Em paralelo a isso, considerando o fluxo de notícias recente e declarações do CFO da Petrobras, o plano deve reduzir a projeção de capex (investimento) esperado para 2025 para um nível mais próximo de US$ 17 bilhões, conforme análise do banco.
“Acreditamos que tais mudanças seriam bem-vindas pelo mercado e poderiam desbloquear dividendos extraordinários adicionais para 2025, em um período em que o Governo Federal continua buscando soluções para seu problema fiscal”, apontaram os analistas do Santander.
A instituição financeira ainda vê espaço para pagamentos extraordinários de dividendos ainda em 2024. Os analistas projetam que o momentum operacional deve começar a melhorar em outubro em diante, segundo o “InfoMoney”.
Isso reforça a perspectiva otimista sobre a Petrobras e a torna a ação preferencial para navegar no atual mercado volátil de petróleo dentro de sua cobertura.
Alckmin sobre privatizar a Petrobras (PETR4): “não vejo com bons olhos”
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), se posicionou contra a privatização da Petrobras (PETR3;PETR4). Em entrevista ao Roda Vida, na segunda-feira (14), Alckmin disse que não vê o processo “com bons olhos”.
“É uma empresa altamente lucrativa, das mais lucrativas do mundo”, destacou o vice-presidente, ressaltando que “as grandes privatizações em nível federal já foram feitas”.
Alckmin aproveitou ainda para criticar o processo de privatização da Sabesp (SBSP3), em linha com o descontentamento já evidenciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Hoje no saneamento há muita privatização para fazer caixa, você faz caixa e não paga dívida”, afirmou Alckmin.
O vice-presidente ainda elogiou pautas do governo, como a tributação a milionários, que disse ser a favor. “Quando quem ganha muito pode contribuir mais, a classe média pode contribuir menos”, disse.