Petrobras (PETR4) tem 47 projetos na nova carteira da PAC, diz Prates

O CEO da petroleira ainda ressaltou que a Petrobras não tem a intenção de reestatizar a petroquímica Braskem

Na carteira da nova PAC, a Petrobras (PETR3; PETR4) conta, ao todo, com 47 projetos, abrangendo nove poços exploratórios em novas fronteiras, como a Margem Equatorial, afirmou o CEO da companhia, Jean Paul Prates, na manhã desta sexta-feira (11).

Patres destacou que, os nove poços ainda necessitam de licenciamento. O CEO da petroleira ainda afirmou que todos os projetos incluídos no PAC já fazem parte do plano de negócios 2023-2027 da Petrobras, anunciado anteriormente.

Nesse sentido, os empreendimentos incluídos no programa federal, Prates listou sistemas de produção nas bacias de Campos, Santos e Sergipe, projetos de escoamento de gás natural e aumento de capacidade e melhorias em refinarias.

De acordo com Prates, novos projetos da estatal poderão entrar no PAC posteriormente, após a definição dos investimentos no plano de negócios 2024-2028 da Petrobras.

Interesse na Braskem

O CEO da petroleira ainda ressaltou que a Petrobras não tem a intenção de reestatizar a petroquímica Braskem. Vale lembrar que a Petrobras é sócia na Braskem. Desse modo, a declaração de Prates acontece em meio a especulações sobre quem ficará com a fatia da Novonor, que quer vender sua parte na petroquímica.

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Citi corta recomendação de compra para neutra

Os ADRs (recibo de ações negociados nos EUA) da Petrobras tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Citi. O banco norte-americano ainda cortou o preço-alvo dos ativos de US$ 19,00 para US$ 14,00.

Em relatório, os analistas do Citi escreveram que, nos últimos anos, a Petrobras foi capaz de gerar valor para seus acionistas por meio de alguns pilares principais, como o crescimento da produção sustentado por novos ativos do pré- sal, a desalavancagem do balanço orientada por uma clara política de dividendos, uma alocação racional de capital e uma política de preços pró-mercado que permitiu à empresa diminuir seus riscos políticos em controlar os preços dos combustíveis.

“No entanto, dada a visão da nova administração sobre política de preços, dividendos e investimentos, aumentamos nosso ceticismo quanto à continuidade da estratégia em andamento e até então bem sucedida da empresa baseada nos pilares citados”, pontuaram.

Em relação à nova política de preços dos combustíveis, o Citi disse que a Petrobras pode continuar a seguir os preços internacionais, mas com uma estratégia diferente do passado.