Mercado

Petrobras (PETR4) terá que pagar PetroReconcavo (RECV3) 

O montante faz parte da garantia para um negócio entre as duas companhias, encerrado nesta segunda (4) pela petroleira estatal

A PetroReconcavo (REV3) divulgou ao mercado, através de fato relevante, na noite desta segunda-feira (4), que deverá receber um aporte da Petrobras (PETR4). O montante faz parte da garantia para um negócio entre as duas companhias, encerrado nesta segunda pela petroleira estatal.

Neste caso, a oferta foi realizada pela PetroReconcavo pelo Polo Bahia Terra, que seria vendido pela Petrobras. Anteriormente, a petroleira menor havia sido declarada como a proponente preferida para o negócio, em uma oferta conjunta com a Eneva em maio de 2022, sendo assim, ela teria 60% do negócio.

No entanto, à época, a PetroReconcavo fez um depósito para garantir a Bahia Terra, e com o recuo da Petrobras sobre o negócio, a estatal terá que desembolsar o dinheiro à petroleira independente, com a devida correção monetária.

Nesse sentido, a PetroReconcavo informou no documento que as negociações entre as duas empresas estavam encerradas desde março, e que a empresa aguardava “a revisão do Plano Estratégico da Petrobras”.

Petrobras anuncia fim de desinvestimentos

A Petrobras (PETR4), informou na manhã desta segunda-feira (4), a aprovação do encerramento dos processos de desinvestimento em alguns ativos do segmento de exploração e produção de petróleo, afirmando que a aderência estratégica desses ativos é necessária ao portfólio da companhia. O anúncio foi feito através de um comunicado divulgado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Portanto, a estatal desistiu de vender ativos de exploração e produção de petróleo: Polo Urucu, Polo Bahia Terra, Campo de Manati, e também da venda de sua subsidiária Petrobras de Operaciones na Argentina. Contudo, a Petrobras seguirá com as vendas de participações em usinas termelétricas.

Acordo com Mubadala pode incluir refinaria

Petrobras está estudando meios possíveis para recomprar a Refinaria de Mataripe (ex-Rlam), na Bahia. Segundo informações da “Reuters”, um acordo com o grupo Mubadala anunciado nesta segunda-feira (4) sobre negócios em biorrefino pode aproximar ambas as partes para futuras transações.

Apesar disso, fontes disseram à “Reuters” que os futuros movimentos para recomprar o ativo do Mubadala, vendido ao fim de 2021, dependerá dos avanços em negociações da Petrobras junto ao Cade, com quem a estatal havia se comprometido a vender todas as suas refinarias fora dos Estados do Rio e São Paul.

Nesta segunda-feira, a petroleira informou que assinou um memorando de entendimentos com o Mubadala para desenvolver futuros negócios em “downstream”, com foco inicial na área de biocombustíveis.

“Esse acordo não tem nada a ver com (negociações para recomprar) a Rlam, mas pode ser um caminho. Qualquer coisa que faz aproximação é (um caminho)”, disse uma fonte à “Reuters”.

Segundo essa fonte, a nova gestão da Petrobras, que tomou posse com a eleição do governo Lula, estuda a recompra da refinaria da Bahia “desde o primeiro dia”.