Em reunião virtual com o presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Caio Mário Paes de Andrade, representantes do governo de transição pediram nesta segunda-feira (28) que o plano de desinvestimentos seja suspenso, até que uma nova gestão da companhia tome posse.
“A lista dos ativos (à venda) a gente já conhece. O ideal seria suspender tudo até o novo conselho. É claro que havendo situações em que o prejuízo ou o custo da paralisação seja pior que a continuação (da venda), isso será analisado. Em última instância, a decisão é da diretoria”, afirmou à “Reuters” Maurício Tolmasquim, que integra o grupo que trata de questões de Minas e Energia.
Segundo a agência “Reuters”, durante o encontro, que ocorreu na tarde desta segunda-feira, também foi discutido como seriam tratados temas sigilosos para a estatal, para que não houvesse chances de vazamentos prejudiciais à Petrobras, que tem capital misto.
Nesta segunda-feira (28), as ações da Petrobras avançaram. O papel PETR3 subiu 2,47%, cotado a R$ 28,17, enquanto a ação PETR4 valorizou 2,10%, cotada a R$ 24,36.
Petrobras (PETR4): dividendos extraordinários estão previstos
A Petrobras (PETR3;PETR4) esclareceu na noite deste domingo (27), em comunicado ao mercado, que o pagamento de dividendos extraordinários está previsto na Política de Remuneração ao Acionista, aprovada pelo conselho de administração em 2019 e aprimorada em 2020 e 2021.
O posicionamento da estatal é uma resposta às recentes notícias veiculadas na mídia em torno do pagamento de dividendos. A Petrobras assegurou ainda que “não contrai dívida para pagar dividendos” e que “sua dívida está em trajetória decrescente”, com redução de US$ 5,3 bilhões em relação ao terceiro trimestre de 2021.
Ao final de setembro deste ano, a dívida bruta da companhia era de US$ 54,3 bilhões, incluindo os compromissos relacionados a arrendamentos mercantis, inferior ao nível de endividamento bruto ótimo de US$ 60 bilhões e ao limite estabelecido na Política de US$ 65 bilhões.
A companhia ratifica que a dívida bruta, o nível de caixa e os dividendos estão alinhados ao que estava previsto no Plano Estratégico da Petrobras de 2022-2026. Por fim, a Petrobras reitera o seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.