As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram seu preço-alvo elevado de R$ 20,00 para R$ 22,00 pelo banco UBS BB. Apesar disso, a instituição financeira manteve recomendação de venda para os papéis da companhia.
Na avaliação dos analistas do banco suíço, o ambiente macroeconômico, com o real mais valorizado e o petróleo Brent enfraquecido, tem permitido a Petrobras cortar preços de combustíveis, contribuindo para que o discurso público contra a empresa diminua.
No entanto, os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos pedem cautela, pois a política de dividendos será anunciada em julho. O caso-base é de um pagamento de 40% do fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês), o que levaria a um rendimento de cerca de 3% por trimestre. Para eles, isso seria negativo para a ação.
A UBS BB ainda lembra que o Conselho da Petrobras solicitou à diretoria que elabore melhorias na política de remuneração da empresa, sendo que há indicações de que o pagamento será acima dos 25% mínimos do lucro.
Em relação à política de preços de combustíveis anunciada na semana passada, os analistas do banco apontaram que ela traz controles menos restritivos e menor visibilidade nas margens. “Não mudamos nossa modelagem, com nossas estimativas mirando margem de refino zero no processamento de petróleo bruto importado, embora margens ainda positivas no refino doméstico”, pontuaram em relatório sobre a Petrobras.
Petrobras (PETR4) pede ao Ibama licença para exploração na Foz do Amazonas
A Petrobras (PETR3;PETR4) apresentou mais uma vez, na última quinta-feira (25), pedido ao Ibama de retomada do processo de licenciamento para perfuração de um poço no bloco FZA-M-059, localizado a 560 km de distância da Foz do Amazonas.
Sendo assim, a Petrobras anseia que o órgão ambiental reconsidere o indeferimento da licença.
Nesse sentido, a estatal reforçou ao Ibama, em carta, que compreende o momento atual do Instituto, que enfrenta uma recente mudança de gestão, demandando a reformulação de seus processos e apresentação de novas exigências para atender às prioridades definidas pelo governo federal.
Desse modo, a estatal forneceu todas as informações necessárias para certificar que os planos apresentados no licenciamento ambiental são suficientes para reduzir os riscos da perfuração e atuar em caso de acidente ambiental.
A petroleira também se comprometeu em garantir 12 embarcações, ao todo. Sendo assim, duas ficarão de prontidão ao lado da sonda para fazer o recolhimento imediato do óleo eventualmente vazado.
“A estrutura de resposta à emergência apresentada pela Petrobras neste projeto é a maior dimensionada pela empresa no país, maior inclusive do que as existentes nas bacias de Campos e Santos”, afirmou a Petrobras em nota.