Petrobras (PETR4): XP (XPBR31) recomenda compra

A XP estipulou um preço-alvo de R$ 36,70 para os papéis da Petrobras

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) receberam recomendação de compra da XP Investimentos (XPBR31). Além disso, a corretora estipulou um preço-alvo de R$ 36,70 para os papéis da estatal.

Em relatório, os analistas da casa, apesar de colocarem a Prio (PRIO3) como principal nome do setor petrolífero, reiteraram que a expectativa para a Petrobras é positiva, com   com fluxo de caixa futuro projetado e dividendos maiores do que os demais concorrentes do setor.

“Ainda vemos a PETR4 como uma ação barata, mas, considerando o rali recente, a diferença de valuation em relação aos pares internacionais se estreitou. Segundo estimativas de consenso, a Petrobras está agora mais próxima da mediana das Majors europeias em termos de EV/EBITDA para 2024 (2,6x versus 3,2x), mas ainda abaixo de YPF (3,4x) e da mediana chinesa (3,6x)”, escreveu a XP.

“Em termos de rendimento de dividendos, a Petrobras continua um outlier (especialmente olhando para 2023), mas está mais perto da mediana chinesa em 2024 (12% vs 10%). É importante ter em mente que as majors europeias e americanas também distribuem caixa por meio de recompra de ações (algo que a Petrobras não faz, pelo menos ainda não)”, acrescentou.

Como pontos negativos, a XP destacou os riscos da malha de M&A com a interferência política. Além disso, a corretora citou a nova política de dividendos da Petrobras e as políticas fiscais que podem impactar os preços dos combustíveis.

Petrobras (PETR4): Goldman Sachs recomenda compra

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também receberam recomendação de compra da Goldman Sachs. Além disso, o banco norte-americano estipulou preço-alvo de R$ 45,10 para os papéis PETR3 e de R$ 41,00 para os ativos PETR4.

A Goldman Sachs atribuiu a recomendação de compra ao valuation atrativo da estatal em comparação aos pares internacionais, indicando que pelo menos uma parte do risco político já está precificado.

A instituição financeira projeta que a Petrobras registre um número de 15% o Free Cash Flow Yield (rentabilidade de fluxo de caixa, que é calculada pela divisão do fluxo de caixa entre o número de ações/ preço das ações) esperado para 2024 e 2025, levando em conta o brent abaixo de US$ 70 na curva de preços futura.

Além disso, os “riscos de cauda” para a petroleira parecem ter diminuído após o novo governo dar esclarecimentos sobre as políticas a serem adotadas sobre dividendos, preços de combustíveis e alocação de capital.

Os analistas da Goldman Sachs ainda apontam que a nova política de dividendos da Petrobras deve ser anunciada até o final de julho, mas ao mesmo tempo a administração já mencionou que acredita que o pagamento de 25% sobre os lucros é muito baixo.