Fertilizantes nitrogenados

Petrobras pode retomar fábricas arrendadas para a Unigel

Em contrapartida, a petroleira deve contratar a empresa para trabalhar na manutenção das unidades por cinco anos

Petrobras
Foto: Agência Petrobras

A Petrobras (PETR4) pode fazer um acordo para voltar à gestão das fábricas de fertilizantes nitrogenados na Bahia e em Sergipe que hoje estão arrendadas para a Unigel, como afirmaram à “Reuters” duas fontes a par das negociações.

Segundo as fontes, após retomar a gestão, a petroleira deve contratar a Unigel para trabalhar na manutenção das unidades por cinco anos.

O acordo foi proposto em um relatório final do GT (grupo de trabalho) da Petrobras que tem como objetivo encontrar uma solução para a volta das operações nas unidades da Bahia e de Sergipe, que estão paralisadas desde 2023.

Operações podem ser retomadas pela Petrobras ainda no primeiro semestre

A Unigel já concordou com a proposta do relatório e agora espera a aprovação da diretoria executiva da Petrobras, afirmou uma das fontes ouvidas pela “Reuters”. Segundo ela, a expectativa é de que a diretoria avalie a proposta em breve e de que a petroleira retome as operações ainda no primeiro semestre deste ano.

De acordo com a fonte, tudo indica que a operação deve voltar a ser administrada pela Petrobras e a manutenção vai ser desempenhada pela Unigel.

Outra fonte disse à “Reuters” que todos estão com pressa para fechar o acordo.

Há controvérsias sobre os investimentos da Petrobras em fertilizantes nitrogenados, já que o produto importado vem ao Brasil com preços competitivos. Porém, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifesta interesse na retomada dessas operações, para diminuir a dependência de importações para o setor agrícola.

Segundo uma das fontes, uma questão que vai precisar ser resolvida com a volta da Petrobras à gestão dessas fábricas é o número insuficiente de trabalhadores para operá-las. Cada uma das unidades vai precisar de aproximadamente mil empregados, próprios e terceirizados.

As discussões sobre o assunto estão sendo acompanhadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

A Petrobras foi procurada pela “Reuters” para comentar sobre o assunto, mas não respondeu imediatamente. Por sua vez, a Unigel disse que não vai comentar.

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