Petrobras (PETR4) recupera R$ 439 milhões de acordos de leniência

A Petrobras recebeu R$ 439 milhões das empresas SBM, Camargo Corrêa e Novonor

A Petrobras (PETR3;PETR4) informou nesta terça-feira (01) que recebeu, no último trimestre, a devolução de cerca de R$ 439 milhões, recuperados por meio de acordos de leniência das empresas SBM, Camargo Corrêa e Novonor (antes Odebrecht).

Os acordos de leniência da Camargo Corrêa e da Novonor foram celebrados com o MPF (Ministério Público Federal), assim como com a AGU (Advocacia Geral da União) e a CGU (Controladoria Geral da União).

A SBM devolveu R$ 113,7 milhões para a estatal entre agosto e outubro de 2022. A Novonor, por sua vez, pagou R$ 71,3 milhões para a Petrobras e outros R$ 728 mil para a Transpetro, subsidiária da companhia e contemplada no mesmo acordo de leniência. 

Já a Camargo Corrêa pagou R$ 235,6 milhões à Petrobras somente em outubro e outros R$ 6,9 milhões à Transpetro. 

Com as devoluções, o total de recursos transferidos para os cofres da Petrobras (incluindo subsidiárias), em decorrência de acordos de leniência e repatriações, ultrapassou o valor de R$ 6,7 bilhões.

Nesta terça-feira (01), por volta das 13:55 (de Brasília), as ações da Petrobras subiam. O papel PETR3 avançava 0,69%, cotado a R$ 33,49. Já a ação PETR4 subia 0,30%, cotada a R$ 29,90. 

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Petrobras (PETR4): J.P. Morgan corta recomendação de compra

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram sua recomendação de compra cortada para neutro pelo J.P. Morgan. Além disso, a casa cortou o preço-alvo de R$ 53 para R$ 37 nas ações ordinárias e preferenciais.

Em relatório, assinado por Milene Clifford Carvalho, Rodolfo Angele e Tathiane Martins Candini, a instituição financeira escreveu que a estatal está à mercê do cenário político por ser uma estatal. Segundo a casa, a eleição de Lula (PT) aumenta esses riscos.

“O novo governo criticou abertamente como a Petrobras é conduzida e já sinalizou mudanças na companhia”, afirmou o banco norte-americano.

Segundo os analistas do J.P. Morgan, possíveis mudanças já estão precificadas, com os papéis saindo de um cenário de volatilidade apenas quando o governo der clareza sobre seus planos para a Petrobras.