O plano estratégico da Petrobras (PETR4) para o período entre 2025-29 reduz os riscos sobre os dividendos da empresa, afirmou o BTG Pactual em relatório. A petroleira divulgou seu novo plano nesta segunda-feira (18). O texto ainda precisa ser aprovado pelo conselho de administração da Petrobras em reunião marcada para quinta-feira (21).
“Os números divulgados devem aliviar preocupações sobre riscos que poderiam comprometer a continuidade de pagamentos robustos de dividendos“, afirmou o BTG Pactual.
“Considerando o piso de US$ 45 bilhões em dividendos ordinários para os próximos cinco anos, o DY seria de 10%. Se os US$ 10 bilhões adicionais em dividendos extraordinários forem pagos, o DY subiria para 13%, com base no preço atual das ações da Petrobras“, disse o relatório.
Os analistas do BTG Pactual preveem que deve haver uma distribuição especial da companhia de US$ 4 bilhões ainda neste ano. Ainda, o relatório defende que preocupações com mudanças negativas na política de dividendos e no plano estratégico da Petrobras são “infundadas”.
Para os especialistas, a petroleira continua bem posicionada para manter retornos satisfatórios aos acionistas. Dessa forma, o BTG Pactual mantém recomendação de compra das ações, com preço-alvo de US$ 19 para os ADRs negociados em Nova York.
Entre os pontos positivos da companhia, o BTG Pactual destaca sua visibilidade operacional, oportunidades com um real mais fraco, baixa exposição ao aumento da Selic e bom perfil de pagamentos de dividendos. Por outro lado, o risco apontado é de queda nos preços do petróleo.
Petrobras (PETR4) assina dois acordos com setor de fertilizantes
A Petrobras (PETR4) assinou acordos com a Yara Fertilizantes e com a sua subsidiária ANSA (Araucária Nitrogenados), como informou a empresa petroleira nesta segunda-feira (18), em nota. O objetivo dos acordos é firmar uma parceria com o setor de fertilizantes e produtos industriais.
O primeiro acordo prevê a comercialização, pela Yara, de ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) produzido na ANSA, que será elaborado utilizando como matéria-prima ureia fornecida pela Yara.
“Este acordo permitirá a retomada da produção nacional do produto, que atualmente é importado. O processo de industrialização será realizado em paralelo às atividades de retomada integral da operação da fábrica de Araucária”, afirmou a Petrobras.
O segundo é um acordo de cooperação técnica para desenvolvimento de estudos conjuntos nas áreas de fertilizantes e produtos industriais correlatos, bem como contempla esforços de transição energética vinculados a projetos de descarbonização e produção de fertilizantes renováveis e de baixa intensidade de carbono.
“Essa cooperação científica, tecnológica e operacional tem por objetivo atingir uma maior eficiência produtiva e aumento da oferta desses produtos no mercado”, justificou a empresa petroleira.